Maya Santana, 50emais
Não saber nadar é uma das minhas grandes frustrações. Embora seja do signo de peixes, tenho medo, muito medo de água. Mas quando vejo a coragem e determinação de mulheres como as do texto abaixo, me convenço que, aos 66 anos, ainda dá tempo de aprender. Tenho vontade de aprender a nadar porque sei que a natação é um dos esportes mais completos e não ter impacto, não afetando, portanto, as articulações. Nadar relaxa os músculos, ajuda a aliviar a tensão muscular, melhora a postura e aumenta a flexibilidade da coluna, entre outros benefícios. O melhor de tudo é saber que a gente pode aprender em qualquer idade.
Leia no artigo de Débora Miranda, do Uol, a história fantástica de duas mulheres que aprenderam a nadar depois dos 70:
Não tem impacto: é um esporte que não afeta as articulações, promove o relaxamento dos músculos e ajuda a aliviar a tensão muscular.
Proporciona equilíbrio muscular: a natação é uma das modalidades mais completas. …
Melhora a postura: aumenta a flexibilidade da coluna e remove a dor.
Medo de água, falta de coordenação motora, dificuldade para respirar. Nada disso foi impedimento para que as aposentadas Ilza Marlene Kuae Fukuda, 70 anos, e Yone Maria Domingues, 77 anos, decidissem aprender a nadar. Apesar de não se conhecerem, as histórias de vida de ambas são semelhantes, e a determinação também.
“Comecei a nadar há pouco tempo, acho que há uns três anos. Eu me aposentei, meus filhos já estavam independentes e casados. Aí meu marido faleceu, e eu fiquei muito perdida na vida. Muito perdida mesmo. Não sabia por onde recomeçar e como continuar a viver sem ele”, conta Ilza, que, decidiu, então, procurar uma atividade física.
“Quando você é jovem, nunca acha que vai envelhecer. Eu tive que começar a pensar na minha qualidade de vida. E a atividade física, além de trazer esse ganho, ajuda muito na saúde mental. É muito bom fazer novos amigos”, diz ela, que hoje vai à academia todos os dias e se reveza entre natação, hidroginástica, musculação, pilates e aulas de alongamento.
Yone conta que também decidiu praticar exercícios depois da morte do marido. “Quando o perdi, fiquei meio desorientada e fui morar com a minha irmã. Foi meu cunhado que me incentivou muito a fazer uma atividade física. Comecei com a hidro, mas levei um tombo na piscina e isso me assustou. Decidi, então, que precisava aprender a nadar. E não estou nem um pouco arrependida. Tenho um professor ótimo, que entende as minhas limitações”, destaca.
Yone brinca que seu treino é em “slow motion” (velocidade lenta), mas garante que a prática está ajudando seu corpo, sua saúde e sua mente. “Quando a gente atinge essa idade, acha que tem todos os reflexos em dia, mas evidentemente que não. E eu só tive essa consciência quando parti para a natação. Estou muito feliz de ter começado uma atividade aos 76 anos. É uma nova fase da minha vida. Claro que, às vezes, bate aquela tristeza, penso que meu marido não está vendo nada disso. Mas tenho minha conversa diária com ele e, se tem que chorar, eu choro. E choro muito. Mas estou levando. Não deixo deprê nenhuma me dominar. Estou vivendo.” Clique aqui para ler mais.