Maya Santana, 50emais
Uma coisa importante que aprendi com este artigo da BBC Brasil é que o memorizar fica menos difícil se é feito enquanto a gente se movimenta. Esta é uma das oito dicas do artigo sobre como melhorar a memória, aumentar a capacidade do cérebro de reter informações. Outra dica importante, mas já sabida, é a prática de exercícios. Exercitar o corpo, aliás, é fundamental, sobretudo a partir de uma certa idade, para o cérebro e para todas as funções do corpo. Por exemplo, para se ter mais energia. Além dessas duas dicas há outras seis, todas detalhadas abaixo.
Leia:
1. Exercício aumenta o cérebro
É verdade – nosso cérebro cresce à medida que nos exercitamos.A atividade física aumenta as sinapses, cria mais conexões dentro do cérebro e ajuda na formação de células extras.
Uma boa saúde cardiovascular também significa que você transporta mais oxigênio e glicose para o cérebro, além de eliminar toxinas.
Se você conseguir se exercitar ao ar livre, melhor ainda – terá o benefício adicional de absorver mais vitamina D.
Dica: combinar a prática de exercício à exploração de um ambiente diferente, a novas maneiras de fazer as coisas ou compartilhar ideias – dessa forma, você aumenta as chances das células nervosas novas formarem um circuito adequado.
Por exemplo, se você gosta de jardinagem, vale participar de uma horta comunitária para fazer amigos enquanto mexe na terra, ou se juntar a um grupo em vez de ir sozinho.
O mais importante é garantir que você esteja se divertindo – é o desejo de se envolver em algo que ajuda a impulsionar os efeitos do exercício e da interação social no cérebro.
2. Memória em movimento
Essa é uma técnica respaldada por cientistas e reconhecida há muito tempo no mundo da dramaturgia. Se você tentar decorar algo enquanto se movimenta, é muito mais provável que a informação seja retida.
Dica: na próxima vez que você tiver uma apresentação ou discurso para fazer, que tal dar uma volta ou dançar para ajudar a guardar o conteúdo?
3. Coma os alimentos certos para abastecer o cérebro
Cerca de 20% do açúcar e da energia que você consome vão para o cérebro, fazendo com que a função cerebral dependa dos níveis de glicose.
Se os níveis de açúcar não forem controlados, sua cabeça pode ficar confusa.
Comer algo de que se goste libera dopamina, que ativa a área de recompensa do cérebro. E é por isso que você sente prazer em comer determinados alimentos.
Mas, além de nutrir os mecanismos de recompensa do cérebro, você precisa alimentar seu intestino com cuidado.
Existem mais de 100 trilhões de bactérias no sistema digestivo humano, que se conectam com o cérebro pelo eixo intestino-cérebro. E o equilíbrio desses micróbios é fundamental para o bem-estar da mente.
Na verdade, o intestino é muitas vezes chamado de “segundo cérebro”. Uma dieta variada e saudável ajuda a manter essas bactérias em sincronia e o cérebro saudável.
Dica: as células do cérebro são compostas por gordura, por isso, é importante não erradicar a gordura da dieta. Ácidos graxos essenciais presentes em nozes, sementes, abacate e peixes são bons para desenvolver o cérebro, assim como o alecrim e açafrão.
Tente também fazer as refeições na companhia de outras pessoas quando puder – a socialização reforça os benefícios de uma boa dieta saudável no cérebro.
4. ‘Desligue’ e relaxe
Uma certa dose de estresse é necessária porque nos ajuda a responder rapidamente em situações de emergência. O estresse produz o hormônio cortisol que, ao ser liberado, nos dá energia e ajuda a concentrar.
Mas a ansiedade prolongada e os altos níveis de estresse desconfortável são realmente tóxicos para o cérebro.
É importante, portanto, que a gente aprenda a “desligar” de vez em quando, para permitir que essa parte do cérebro descanse.
E, ao se desconectar, você exercita uma parte diferente do cérebro: a chamada rede neural de modo padrão, que nos permite sonhar e é importante para consolidar a memória.
Ao “desligar” do mundo externo, permitimos que essa parte do cérebro seja ativada e faça seu trabalho.
Então, da próxima vez que você for pego sonhando acordado no trabalho, explique ao seu chefe que você estava fazendo uma atividade cerebral crucial.
Dica: se você achar que é difícil relaxar, por que não tentar técnicas de relaxamento, como meditação, que podem ajudar a reduzir o nível dos hormônios do estresse? Clique aqui para ler mais.