Maya Santana, 50emais
Verdadeiramente interessante este artigo de Giulia Granchi, para o Uol. Mostra como, com o aumento do tempo de vida das pessoas, os costumes devem mudar e mudar para melhor. Por exemplo, os preconceitos devem diminuir “e a tendência é que tabus sejam quebrados, criando experiências mais independentes para idosos e até mudando o foco das relações monogâmicas.” As pessoas trabalharão até os 70 anos; a vida não será mais dividida em três fases: infância, vida adulta e velhice. E tantas outras mudanças.
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Cada vez mais vemos pessoas vivendo até os 100 anos de idade e já é um fato que a geração de hoje terá muitos centenários. Mas a velhice que iremos viver não é a mesma que vemos hoje, e como será muito mais longa, precisamos nos preparar para os novos hábitos e desafios.
Durante o 13º Fórum da Longevidade da Bradesco Seguros realizado nesta quarta-feira (21), em São Paulo, Denise Mazzaferro, mestre em gerontologia pela PUC-SP, apresentou, baseada no livro 100-Year Life (Vida de 100 Anos, em livre), as tendências que vão mudar nosso futuro:
1. As pessoas trabalharão até os 70 anos Além da necessidade de renda pelas despesas de uma vida mais extensa, o trabalho traz o sentimento do pertencimento social, um dos pontos de extrema importância para que os idosos se sintam úteis e mantenham-se ativos.
2. Existirão novos empregos e habilidades Exercer novas funções e usar a criatividade não deve ser um privilégio exclusivo dos jovens. Com as mudanças no mercado de trabalho, muitos cargos deverão ser extintos, e pelo desejo de continuar trabalhando, os idosos também deverão se reinventar.
3. Ter situação financeira estável não será tudo Ao contrário do que acreditavam as gerações anteriores, uma boa reserva financeira não será sinônimo de uma velhice feliz. Identidade e propósito e um longo plano de vida serão essenciais para os “novos” idosos.
4. A vida não será mais dividida em 3 estágios A separação de infância, vida adulta e velhice será substituída por diferentes estágios por vida, que não serão ditados cronologicamente –as ações deverão ser tomadas de acordo com o momento mental de cada indivíduo. Não será incomum, por exemplo, um adulto voltar para a faculdade após os 50 anos, tendência que já começamos a ver atualmente.
5. Transições passarão a ser mais corriqueiras O medo de mudanças é outra característica que deve ficar no passado. Levando as preferências da juventude para a terceira idade, os idosos das próximas gerações não terão tanto apego à estabilidade em diferentes áreas da vida.
6. Recriação será mais importante do que recreação Em vez de procurar atividades para simplesmente ocupar a mente, no futuro, os idosos se recriarão para continuar produzindo e contribuindo com a sociedade.
7. Ter opções será cada dia mais valioso Para a tal adaptação citada previamente, diferentes habilidades e conhecimentos (mesmo aqueles que não tem nada a ver com a sua área profissional), aumentam o leque de oportunidades para o futuro.
8. Relações familiares e de trabalho se transformarão Ligações por vídeo com filhos e netos e até a saída de casa mais cedo serão normais nos próximos anos. No trabalho, a tendência é que pessoas de diferentes idades ajam em conjunto em uma mesma equipe, juntando a experiência com ideias modernas.
9. Aumentará a experimentação Os preconceitos deverão diminuir, e a tendência é que tabus sejam quebrados, criando experiências mais independentes para idosos e até mudando o foco das relações monogâmicas.
10. Seremos e pareceremos jovens por mais tempo. De acordo com pesquisa feita pelo Instituto Locomotiva, o maior medo de 25% dos adultos com mais de 50 anos é sentir-se feio. Felizmente, para o grupo que compartilha dessa opinião, os avanços tecnológicos e até mesmo na forma de consumo de alimentos e produtos deve contribuir para uma aparência mais jovem em comparação aos familiares de gerações passadas.