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Ninguém sabe exatamente quanto Linda Evangelista negociou com a empresa responsável, pelo procedimento estético, em 2015, que teve um efeito colateral raro e arruinou sua carreira de modelo. Linda anunciou que entraria com uma ação exigindo 50 milhões de dólares pela “deformação” causada.
A modelo, que viveu vários anos reclusa, confessou ter passado tempos difíceis, deprimida, sem trabalhar, pois a intervenção que deveria secar a gordura de certas áreas de seu corpo teve efeito contrário, provocando, segundo ela, deformação.
O tratamento, segundo Linda, “não apenas destruiu meu sustento, mas me colocou em um ciclo de grave depressão, tristeza profunda e nos níveis mais fundos de auto aversão. No processo, tornei-me uma reclusa”.
Agora, com a indenização, aos 57 anos, ela diz estar “muito satisfeita.”
Leia o artigo publicado pela BBC Brasil:
A ex-supermodelo Linda Evangelista fechou um acordo em ação legal contra uma empresa, dez meses depois de alegar que um procedimento estético feito por essa companhia a deixou “permanentemente deformada”.
Evangelista disse em setembro do ano passado ter experimentado uma reação adversa a um procedimento de redução de gordura feito há cinco anos, que, ao contrário do esperado, aumentou suas células de gordura. No ano passado, ela disse que ficou “irreconhecível” após o procedimento.
“Estou feliz por ter chegado a um acordo neste caso”, escreveu no Instagram.
Os termos do acordo não foram divulgados. A BBC pediu comentários à modelo e à empresa por trás do procedimento, a Allergan.
Evangelista afirmou a seus 1,2 milhão de seguidores no Instagram que foi por isso que desapareceu dos olhos do público.
“Para meus seguidores que se perguntam por que não tenho trabalhado enquanto as carreiras de minhas colegas estão prosperando, a razão é que fui brutalmente desfigurada por [um procedimento] que fez o oposto do que prometia”, escreveu Evangelista.
Ela disse que o efeito colateral que experimentou “não apenas destruiu meu sustento, mas me colocou em um ciclo de grave depressão, tristeza profunda e nos níveis mais fundos de auto aversão. No processo, tornei-me uma reclusa”.
O procedimento não cirúrgico, que cresceu em popularidade nos últimos anos, usa temperaturas frias para reduzir os depósitos de gordura em certas áreas do corpo.
Descrevendo o “efeito colateral muito raro, mas grave” que ela experimentou, Evangelista disse que “significa que as células de gordura no local do tratamento crescem em vez de diminuir”, acrescentando: “Não é totalmente compreendido por que isso ocorre”.
Evangelista ganhou fama na década de 1990, brilhando em passarelas de luxo em todo o mundo e na capa das revistas de moda.
Ela também apareceu em um videoclipe de George Michael ao lado de Naomi Campbell, Cindy Crawford e Christy Turlington.
A modelo manteve um perfil discreto nos últimos anos, raramente postando novas imagens de si mesma nas mídias sociais.
Nas poucas fotos que ela postou, seu rosto geralmente aparece parcialmente coberto por um lenço ou chapéu.
– Texto originalmente publicado em https://www.bbc.com/portuguese/geral-62258286
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Finalmente, a moda decidiu adotar um novo jeito nas passarelas, sem medo da idade