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Sexo após os 60 é essencial para a saúde

A saúde física e mental se beneficiam muito da atividade sexual, garante especialista

27/09/2022
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Sexo após os 60 é fundamental para a saúde física e mental de homens e mulheres

Muito boa esta entrevista feita pelo Dr. Dráuzio Varella com a Dra. Carmita Abdo, médica psiquiatra e coordenadora do grupo de sexualidade do Instituto de Psiquiatria da Universidade São Paulo. Joga por terra a crença de que sexo é coisa de gente até 60 anos. Não é.

Leia a entrevista, publicada no site drauziovarela.com.br:

Muitos acham que fazer sexo é característica da juventude, quando muito da maturidade, e que a atividade sexual inexiste a partir de determinada faixa etária. Em geral, admite-se que nos homens, lá pelos 60 ou 70 anos, ela declina e, depois, desaparece de vez. Em relação às mulheres, a crença é que o fenômeno seja ainda mais precoce. A moral vigente durante séculos reforçou o mito de que o momento da menopausa e a consequente perda da capacidade de gerar filhos marcavam o fim do interesse sexual feminino.
Hoje, já existe a comprovação de que esses conceitos estão completamente equivocados. Do ponto de vista médico, o papel da sexualidade após os 60 anos é de fundamental importância para a saúde física e psíquica de homens e mulheres mais velhos. Qualquer disfunção nessa fase da existência merece ser avaliada com cuidado, porque pode ser sinal indicativo de outros problemas de saúde, como diabetes e hipertensão.

Drauzio – Com o passar dos anos, o sexo adquire outras características. O que caracteriza fundamentalmente o comportamento sexual a partir dos 60 anos?

Carmita Abdo – É um sexo mais tranquilo, próprio de quem já conviveu vários anos, tem muita intimidade e carinho pelo outro além de um conhecimento mútuo bastante grande. É um sexo menos arrojado, porém extremamente válido e importante para a manutenção da saúde. E vice-versa: fazer sexo nessa fase da vida significa ter saúde, pois, quando a sexualidade passa a ser assunto problemático, é um sinal de alerta para que outros aspectos da saúde sejam investigados cuidadosamente.

Drauzio – Você mencionou esse sexo maduro e amoroso de pessoas que têm o privilégio de compartilhar a vida sexual durante muitos anos, mas isso é privilégio de poucos. O mais comum é existir rancor entre as pessoas que viveram juntas muito tempo. Nesses casos, o sexo quase sempre desaparece do relacionamento. Como você vê esse tipo de situação?

Carmita Abdo – Difícil falar de sexo de quem conviveu muito tempo sem falar de afeto. Esses dois elementos acabam se misturando e isso provoca uma complexidade maior no relacionamento. Se o casal levou uma vida cheia de rancores, mal-entendidos e conflitos, é lógico que, depois de 30, 40 ou 50 anos juntos, os dois terão pouca disposição para um contato tão íntimo quanto o sexual, porque mal toleram conviver lado a lado. Em compensação, se o casal teve uma vida de aproximação, cumplicidade e companheirismo, nessa etapa o sexo permanece como que coroando o relacionamento. Como já disse, é um sexo suave, bem menos frequente, porque a necessidade é menor do que na juventude. Um garoto de 18 anos, por exemplo, consegue manter várias relações no mesmo dia. Já um senhor de 60, 65 anos tem necessidade de um relacionamento a cada semana, ou a cada dez ou quinze dias, frequência essa determinada também pelo interesse da esposa que costuma ser abrandado com o decorrer do tempo.

Drauzio – Não se mais se discute que a entrada de sangue no pênis e a ereção dela resultante fazem parte de um mecanismo que ajuda a preservar todo o sistema. É possível que haja mecanismos semelhantes em relação aos genitais femininos. Será que a redução na frequência da atividade sexual não vira uma bola de neve que faz reduzir ainda mais essa frequência?

Carmita Abdo – Observa-se que quanto maior a frequência das relações, mais aptos os genitais se apresentam para o ato sexual, inclusive nas mulheres. A atrofia e a secura vaginal são mais pronunciadas naquelas que evitam o sexo ou têm poucas relações sexuais. Já as que se mantêm ativas têm melhor lubrificação e mucosa da vagina mais espessa. Dessa forma, não é exagero dizer que o ato sexual é uma proteção para os órgãos genitais e para o organismo como um todo.
No entanto, é preciso ressaltar que muitas vezes não existe um problema genital nem com a sexualidade. É muito comum, por exemplo, a depressão abater as pessoas nessa fase da vida. A mulher, que está aposentada ou nunca trabalhou fora, de repente se sente sem nenhuma função porque os filhos se casaram ou foram morar sozinhos. O marido continua ativo ou não demonstra interesse por ela. Tudo isso somado faz com que perca o entusiasmo pelo sexo. Melhorar seu estado de humor é fundamental para reverter esse processo.

Leia também: A partir dos 60, sexo beneficia muito pois aproxima as pessoas e melhora a autoestima

Drauzio – Você aconselha as mulheres que vivem tais desencontros ou não têm parceiros sexuais a se masturbarem?

Carmita Abdo – A masturbação é importante para manter a atividade das glândulas e a lubrificação e para evitar uma atrofia cada vez mais pronunciada pelo desuso. Muitas se constrangem diante da sugestão e reagem – “Eu, na minha idade, tendo de passar por esse vexame?” – Não é um vexame. É uma prática saudável que vai torná-la mais disposta e dar-lhe maior entusiasmo para perceber que essa carência está repercutindo em outras áreas de sua vida e podem ser razão do atual desânimo e desinteresse pelo cotidiano.

Eu diria, então, que a depressão pode levar ao desinteresse sexual e vice-versa, o desinteresse sexual pode levar à depressão. Por isso, é importante que a pessoa se cuide e procure saber o que está realmente acontecendo com ela a fim de que possa tomar as medidas que se fazem necessárias para a solução do problema.

SEXO DEPOIS DA MENOPAUSA

Drauzio – No caso das mulheres, essa fase da vida corresponde ao período da menopausa que vem acompanhada de outros eventos orgânicos que interferem na sensualidade. A flacidez da pele, a deposição de gordura em certas partes do corpo, a secura vaginal fazem com que se sintam mais envelhecidas e menos atraentes. Como você orienta as mulheres com esse tipo de problema?

Carmita Abdo — Atualmente, existem vários recursos para a mulher ter uma menopausa mais tranquila. Por isso, todas devem procurar um ginecologista a fim de evitar que esses sintomas sejam acentuados e desconfortáveis.

Por outro lado, é importante destacar que essa expectativa de beleza e juventude eterna é própria da cultura ocidental. Sabemos que, em alguns países, a mulher mais velha é respeitada por sua experiência e não se torna um ser desprezível, porque não está malhada nem tem aparência juvenil. Nós, ao contrário, tentamos de todas as formas aparentar menos idade e, assim, colaboramos para solidificar o preconceito de que só o que jovem e belo vale a pena. É importante cuidar da saúde. Condeno, porém, o uso de artifícios cada vez mais sofisticados para parecer mais moço. A experiência adquirida ao longo dos anos precisa ser valorizada e essa é a maior beleza que a mulher pode ter nessa fase da vida.

Drauzio – Existem recursos para evitar que a secura vaginal interfira na vida sexual das mulheres? 

Carmita Abdo – Toda mulher pode melhorar esse sintoma com o uso de determinados medicamentos. Aquelas, para as quais a prescrição de hormônios por via oral é desaconselhada, precisam valer-se de outros tipos que podem ser colocados diretamente na vagina. Às vezes, o ato sexual fica dificultado por falta de lubrificação, já que o atrito provoca dor. Nesse caso, o ginecologista irá recomendar a reposição hormonal ou o uso de cremes vaginais que atuarão sobre esse evento desagradável.

INTERESSE SEXUAL: SINAL DE SAÚDE

Drauzio – Existe uma idade limite para terminar a vida sexual feminina?

Carmita Abdo – A vida sexual não deveria terminar nunca. Ela deveria continuar existindo, enquanto houvesse vida, com as características próprias de cada fase, como acontece com as outras funções vitais.

Quando ficamos mais velhos, não conseguimos comer o que o jovem come, nem fazer sexo da mesma forma, mas é fundamental que a sexualidade não desapareça. Por que digo que é fundamental? Porque sexo é sinal de vida, de interesse e de saúde. Por que não procurar o ginecologista ou o urologista para saber o que está acontecendo se o interesse sexual está declinando? Uma das causas pode ser a depressão, mas existem outras. Dificuldade de ereção nos homens pode ser provocada por diabetes, hipertensão ou uso de medicamentos como antidepressivos e anti-hipertensivos. Atrás de um problema sexual pode estar camuflado outro problema de saúde que merece tratamento. Costumo dizer que o desempenho sexual é um marcador de saúde. Se o desempenho está bom, a saúde está boa. Se ele deixa a desejar, é importante consultar um médico para avaliação do estado físico e psíquico da pessoa.

DIFICULDADES MASCULINAS

Drauzio – Os homens começam a se queixar de mais dificuldades sexuais a partir de que idade?

Carmita Abdo — A partir dos 50 anos, a queixa é a perda gradativa da capacidade de ereção. O homem começa a perceber que não tem mais a potência que tinha quando jovem. Essa tendência se acentua com sedentarismo, obesidade, abuso de bebidas alcoólicas e hábito de fumar. Logicamente, esses elementos somados fazem com que o organismo se ressinta e levam a maior dificuldade de ereção.

Leia também:

Sexo depois dos 50: problemas que elas e eles enfrentam

Drauzio – O sildenafil, primeira droga de uso recreacional que provoca ereção muito eficaz e que foi aprovada pelos institutos que regulam o uso de medicamentos, representou uma revolução no campo da sexualidade masculina. Qual foi o impacto do sildenafil na sexualidade dos homens mais velhos?

Carmita Abdo – Foi realmente um impacto grande que levou muitos homens a procurarem o médico para saber se podiam ou não se valer desse medicamento. Recuperar a ereção foi uma vantagem do sildenafil para o desempenho sexual masculino, mas verificar como estava a saúde naquele momento foi vantagem ainda maior. Muitos casos de diabetes, hipertensão, obesidade, colesterol alto puderam ser detectados a partir dessa visita ao médico.

É sempre importante repetir que a dificuldade de ereção está ligada aos mesmos fatores de risco que levam às doenças do coração. Falhar na cama não significa apenas um distúrbio sexual, significa estar precisando cuidar da saúde.

HOMENS MAIS VELHOS – MULHERES MAIS JOVENS

Drauzio – É frequente encontrar homens mais velhos acompanhados de meninas com idade para serem suas filhas ou netas até. A que se atribui esse interesse dos homens mais velhos por moças tão mais jovens?

Carmita Abdo – Muito se simplifica esse assunto. A explicação para “trocou uma de 60 por duas de 30” parece óbvia: as de 30 anos são mais viçosas e interessantes. No entanto, existem outras questões envolvidas nesse comportamento. Rancores e mágoas acumuladas ao longo da vida do casal levam o homem a procurar um relacionamento fora de casa. Além disso, a mulher mais jovem é mais disponível sexualmente e mais interessante por sua beleza e disponibilidade.

Mas existe outro fator. A companheira de muitos anos sabe o quanto aquele homem perdeu sua capacidade de ereção. Ela é testemunha viva desse processo e isso é constrangedor para ele. A mulher mais jovem não acompanhou esse declínio. Por outro lado, é difícil o homem conformar-se com a sexualidade mais tranquila e esporádica que muitas mulheres lhe impõem com o passar da idade.

Drauzio – Esses homens que se relacionam com mulheres mais jovens têm mesmo uma melhora no desempenho sexual? Pelo menos, eles se referem a essa melhora nos consultórios médicos. 

Carmita Abdo – É nos consultórios médicos que eles vão buscar a melhora no desempenho sexual, o que realmente ocorre porque eles começam a se cuidar como deviam. Fazem dieta, adotam hábitos mais saudáveis, param de fumar e de beber exageradamente e passam a praticar esportes. Querem ficar mais bonitos para fazer jus a essa companheira tão vistosa. Essa mudança de hábitos traz benefícios importantes para a sexualidade e para a saúde de maneira geral.

 

MULHERES MAIS VELHAS – HOMENS MAIS NOVOS

Drauzio – No caso das mulheres que se interessam por rapazes bem mais jovens, comportamento que está se tornando mais frequente, o desempenho sexual também melhora?

Carmita Abdo – Nesses casos, embora muitas vezes seja um fato inédito na vida dessas mulheres, são elas que conduzem o relacionamento, porque têm geralmente mais experiência do que os rapazes. Esse papel diferente dá um novo ar à vida sexual. Além disso, eles costumam ser bem mais carinhosos e interessados do que os parceiros mais velhos. Diria também que os jovens têm buscado para a iniciação sexual mulheres mais velhas, esperando delas compreensão para sua inexperiência e possíveis falhas. Sexualmente menos agressivas, elas tomam o lugar das moças que se têm tornado cada vez mais liberadas e exigentes.

A velhice não deveria ser assim. Por isso, aos primeiros sinais de desânimo e desinteresse, é preciso buscar dentro de si as razões para esse estado de espírito. Não conseguindo encontrar as respostas sozinho, a ajuda de um profissional, de um médico, é indispensável. Não é natural nem humano desistir de uma série de atividades que são biológicas, estão ligadas ao emocional e nos asseguram a vontade de viver.

Drauzio – Você aconselha que os casais lutem para preservar sua vida sexual através dos anos?

Carmita Abdo – Aconselho. E digo mais. Vida sexual que se interrompe brusca ou gradativamente precisa ser pesquisada. Pode ser que um problema físico ou emocional esteja se instalando. Algumas pessoas podem perder o interesse sexual com o passar do tempo e isso faz parte intrínseca da natureza delas, não há nada de errado. No entanto, a maioria que se desinteressa por sexo, está vivendo um problema emocional ou físico que precisa ser cuidado.

Leia também: Filmes e séries falam de sexo muito depois dos 50

 

 

 

 

 

 

 

 

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Iniciei minhas atividades como jornalista na década de 70. Trabalhei em alguns dos principais veículos nacionais, como O Estado de S. Paulo e Jornal de Brasil. Mas a maior parte da minha carreira foi construída no exterior, trabalhando para a emissora britânica BBC, em Londres, onde vivi durante mais de 16 anos. No retorno ao Brasil, criei um jornal, do qual fui editora até me voltar para a internet. O 50emais ganhou vida em agosto de 2010. Escolhi o Rio de Janeiro para viver esta terceira fase da existência.

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