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Não tenha dúvida, o exercício físico é tão fundamental para quem passa dos 50 quanto a boa alimentação e o sono reparador.
Por isso é tão recomendado pelos médios. No caso da ioga, os benefícios são ainda maiores, pois além de mexer com o corpo, traz uma ligação direta com a espiritualidade.
Neste artigo, publicado pelo jornal O Globo no primeiro dia de 2023, você vai ver o quanto a prática de ioga, um pouquinho todo dia, ajuda a evitar certas doenças e dá profunda sensação de bem estar.
E, como estamos iniciando um novo ano, esta é uma época boa para começar atividades que realmente nos fazem bem.
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Adicionar ioga a uma rotina regular de exercícios pode reduzir o risco de doenças cardiovasculares, de acordo com estudo publicado na revista científica Canadian Journal of Cardiology.
A prática, que teve origem na Índia antiga, pode reduzir a pressão arterial, a frequência cardíaca em repouso e melhorar o risco cardiovascular de uma pessoa em 10 anos.
A ioga faz parte das práticas espirituais e de exercícios de milhões de pessoas em todo o mundo. Além de ser um ótimo alongamento, estudos anteriores mostraram que a atividade pode ajudar a aliviar os sintomas de fibrilação atrial e várias condições de saúde mental.
Para avaliar se a prática regular de ioga tem algum benefício cardiovascular, os pesquisadores recrutaram 60 pessoas com pressão alta e síndrome metabólica previamente diagnosticados para um programa de treinamento de exercícios.
Durante três meses, os participantes foram divididos em 2 grupos, que realizaram 15 minutos de ioga estruturada ou alongamento, além de 30 minutos de treinamento aeróbico 5 vezes por semana.
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Os resultados mostraram que em ambos os grupos houve diminuição da pressão arterial sistólica e diastólica em repouso, da pressão arterial média e da frequência cardíaca.
No entanto, apenas os voluntários que fizeram ioga apresentaram maior redução da pressão arterial sistólica – 10 mmHg versus 4 mmHg com alongamento -,diminuição da frequência cardíaca em repouso e do risco cardiovascular de 10 anos, avaliado por meio da pontuação de risco de Reynold.
“Embora haja alguma evidência de que as intervenções e exercícios de ioga tenham resultados cardiovasculares iguais ou superiores, há uma variabilidade considerável nos tipos de ioga, componentes, frequência, duração da sessão, duração e intensidade.”
“Procuramos aplicar uma abordagem científica rigorosa para identificar fatores de risco cardiovascular para os quais a ioga é benéfica para pacientes em risco e formas como ela pode ser aplicada em um ambiente de saúde, como um programa de prevenção primária”, explicou o investigador principal Paul Poirier, médico do Instituto de Coração e Pulmão de Quebec e da Faculdade de Farmácia, ambos da Universidade Laval, no Canadá.
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Embora tenha sido demonstrado que a ioga beneficia pacientes hipertensos, o mecanismo responsável por esse efeito positivo não é totalmente compreendido.
“Nosso estudo mostra que as práticas estruturadas de ioga podem ser uma adição mais saudável ao exercício aeróbico do que simplesmente alongamento muscular”, disse Poirier.
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