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O número é extremamente preocupante: de cada três mulheres, uma terá osteoporose. Significa dizer que um terço das mulheres, depois da menopausa, vão ter a doença, que enfraquece os óssos e pode causar uma série de problemas, inclusive fraturas.
Especialista ouvido neste artigo, explica que há dois tipos de osteoporose: a primária, causada espontaneamente pela queda do estrogênio, é a que mais atinge mulheres no pós-menopausa; e a secundária, uma consequência de outra doença, como artrite reumatoide, diabetes, hipertireoidismo, tabagismo, ingestão excessiva de álcool e sedentarismo.
Há maneiras de se prevenir a osteoporose, praticando atividades físicas regularmente; consumindo alimentos ricos em cálcio e vitamina D e vegetais de folhas verde-escuro, como alface, chicória e repolho, e outras, como mostra este artigo de Beatriz Zolin, do portal Dráuzio.
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Uma em cada três mulheres com mais de 50 anos terá osteoporose. E, segundo o Ministério da Saúde, metade delas sofrerá uma fratura em razão da doença. Silenciosa, a osteoporose atinge três vezes mais mulheres do que homens, e essa incidência desigual tem muito a ver com os efeitos da menopausa.
O que é a osteoporose?
Ao longo da vida, o esqueleto humano vai se transformando para proporcionar o crescimento. Enquanto pequenas áreas do tecido ósseo morrem, outras são depositadas, modelando o formato e a densidade dos ossos. O cálcio e o fósforo, obtidos através da alimentação e de hábitos de vida saudáveis, são os principais responsáveis por deixar o esqueleto mais rígido.
No entanto, por volta dos 30 anos, essa relação não acontece na mesma rapidez: os ossos tendem a se degradar mais do que se recompor. Aos poucos, eles vão perdendo densidade, o que os torna mais frágeis e sujeitos a fraturas, podendo resultar na osteoporose.
Por que as mulheres estão mais suscetíveis à osteoporose na menopausa?
Marcelo Ruck, ortopedista do Hospital Santa Casa de Mauá, em São Paulo, explica que existem dois tipos de osteoporose: a primária, causada espontaneamente pela queda do estrogênio, é a que mais atinge mulheres no pós-menopausa; e a secundária, uma consequência de outra doença, como artrite reumatoide, diabetes, hipertireoidismo, tabagismo, ingestão excessiva de álcool e sedentarismo.
“As mulheres têm maior risco de desenvolver a doença, porque, quando elas param de menstruar, há uma grande queda em um hormônio chamado estrogênio. Ele é responsável, entre outras coisas, pela saúde dos ossos”, ressalta o dr. Marcelo.
O estrogênio, assim como a testosterona, funciona como um “transportador” de cálcio para o interior dos ossos. Quando o organismo diminui a produção desses hormônios, a degradação óssea aumenta.
Complicações provocadas pela osteoporose
Apesar de não apresentar sintomas, a osteoporose pode provocar diversas consequências negativas na qualidade de vida do paciente. Entre elas, as fraturas.
“As fraturas atingem especialmente o quadril, o punho e a coluna. A que causa maior incapacidade e também aumenta o índice de mortalidade é a [fratura] de quadril. Nessa fratura, geralmente a pessoa está em pé e, devido à fraqueza do osso, o próprio peso do corpo faz o osso quebrar e a pessoa cair”, explica o dr. Marcelo.
Atualmente, ocorrem aproximadamente 2,4 milhões de fraturas por ano devido à osteoporose no Brasil. Dessas, cerca de 200 mil pessoas morrem por causa de complicações, como embolia gordurosa, tromboembolismo e infecções pós-cirúrgicas.
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Entre os pacientes que sobrevivem à fratura do quadril, por exemplo, metade não consegue viver de maneira independente. A maior parte deles se queixa de dor crônica e passa a necessitar de andador, bengala ou até mesmo um cuidador.
Importância do diagnóstico precoce
É fundamental identificar a osteoporose antes que ela se agrave e provoque fraturas graves. O exame que diagnostica a doença é chamado de densitometria óssea e deve ser feito anualmente por mulheres acima de 65 anos e homens acima de 70. Mulheres com fatores de risco, como aquelas que já entraram na menopausa, apresentam causas secundárias ou levam um estilo de vida sedentário também devem realizar o exame.
Como funciona o tratamento?
O tratamento da osteoporose envolve o uso de medicamentos que diminuem ou interrompem a perda de massa óssea, além de medidas para diminuir o risco de fraturas, como exercícios regulares. No caso de quedas, a indicação é majoritariamente cirúrgica.
Prevenção
Para prevenir a osteoporose, o dr. Marcelo lista alguns hábitos que podem fortalecer os ossos:
– Praticar atividades físicas regularmente;
– Consumir alimentos ricos em cálcio e vitamina D;
– Consumir leite e derivados (o indicado para adultos acima de 20 anos são 600 mL por dia);
– Consumir vegetais de folhas verde-escuro, como alface, chicória e repolho;
– E tomar sol em horários seguros (antes das 10h e após às 16h).
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