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Brasil não está preparado para envelhecer tão rapidamente

O alerta é do médico e gerontólogo Alexandre Kalache, uma das maiores autoridades em envelhecimento

12/10/2023
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Os únicos segmentos da população que estão aumentando são os de 60+. Logo, é um país que em torno de 2038 atingirá o ápice da população, com cerca de 232 milhões de habitantes. A partir daí, começará a encolher. Foto: Reprodução/Internet

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O Brasil passa por um fenômeno que é preciso prestar atenção: é um país que está envelhecendo rápido demais, sem estar preparado para o envelhecimento de sua população que, como éresultado, envelhece mal.

Esse é o alerta feito pelo médico e gerontólogo Alexandre Kalache, uma das maiores autoridades do mundo em envelhecimento.

“No Brasil, se envelhece mal e precocemente. De acordo com as previsões não só do IBGE, vamos dobrar esse contingente de pessoas com mais de 60 anos, que atualmente é de cerca de 33 milhões para 68 milhões de pessoas em 2050,” afirma ele nesta entrevista Fabiane Stefano do Brazil Journal.

Leia:

Em 2008, o médico e gerontólogo Alexandre Kalache assumiu o posto de consultor sênior da New York Academy of Medicine após ter dirigido por mais de uma década o departamento de envelhecimento – sim, isso existe – da Organização Mundial de Saúde, em Genebra.

Da janela do seu escritório, em frente à parte norte do Central Park, Kalache lembra que dava pra ver como as desigualdades sociais atingiam de forma impiedosa a expectativa de vida.

“Se eu olhasse para a esquerda, dois quilômetros dali em direção ao Upper East Side, aquela zona milionária, dos museus, do Guggenheim, de tudo que é sofisticado, a expectativa de vida na época chegava a 90 anos.

Mas se eu olhasse para a direita, também a dois quilômetros dali, que inclui o bairro do Harlem, a expectativa de vida era de 69. Essa desigualdade é brutal e acontece aqui também. É como olhar para a favela da Rocinha a partir de São Conrado”, Kalache disse ao Brazil Journal.

Com mais de 40 anos dedicados ao estudo da longevidade, o cientista ainda se surpreende com o espanto causado pelo rápido envelhecimento do Brasil. Em 2050, serão cerca de 68 milhões de brasileiros com mais de 60 anos, mais que o dobro do atual.

“Envelhecer é bom, morrer cedo é que não presta,” diz o médico carioca, que hoje preside o Centro Internacional de Longevidade Brasil e atua em mais de uma dezena de conselhos nacionais e internacionais que tratam do tema, entre eles, o do Fórum Econômico Mundial.

Pergunta: Os dados do último Censo surpreenderam as pessoas com a velocidade do envelhecimento da população brasileira. Isso não foi uma novidade para o senhor, que vem alertando sobre o tema.

O que mais me surpreende em relação aos resultados do Censo, que ainda são preliminares, é que as pessoas tenham ficado surpresas. É simplesmente o óbvio. Temos cada vez mais pessoas chegando aos 60 anos – e não necessariamente bem.

No Brasil, se envelhece mal e precocemente. De acordo com as previsões não só do IBGE, vamos dobrar esse contingente que atualmente é de cerca de 33 milhões para 68 milhões de pessoas em 2050.

Leia também: Como prevenir o ganho de peso e manter o organismo saudável

Não se trata de um futuro distante. Estamos falando de pessoas que hoje têm 33 anos. Sempre digo: envelhecer é bom, morrer cedo é que não presta. O Brasil está nesse caminho de forma acentuada há um bom tempo.

Nos últimos 25 anos, as taxas de fecundidade estão em queda no País – ou seja, o número de filhos que uma mulher tem no final de sua vida reprodutiva está abaixo da taxa de reposição. Se um casal não tem dois filhos, ele não está sendo reposto.

É toda uma geração com taxas de fecundidade de, em média, 1,7 filho. Nas regiões metropolitanas brasileiras, esse índice chega aos níveis mais baixos da Europa, de 1,2. Como essa redução na fecundidade tem impactado as famílias?

Muitos casais simplesmente decidiram não ter filhos. É despesa alta, a mulher não pode ter uma vida profissional plena… Então, o que está acontecendo no Brasil é que são mulheres com menos de oito anos de educação que estão tendo mais filhos.

De acordo com dados ainda preliminares, teremos menos 6 ou 7 milhões de pessoas que esperávamos ter quando foi feito o Censo de 2010. São pessoas que morreram precocemente? Não, são pessoas que deixaram de nascer.

Os únicos segmentos da população que estão aumentando são os de 60+. Logo, é um país que em torno de 2038 atingirá o ápice da população, com cerca de 232 milhões de habitantes. A partir daí, começará a encolher.

Nenhum país rico chegou ao seu nível de desenvolvimento com a população encolhendo. Com menos crianças nascendo, quais políticas públicas precisam ser priorizadas? É preciso que a educação pública melhore, pois são esses jovens que entrarão na força de trabalho.

Ainda não é hora de pensar em fechar escolas, mas minha intuição diz que, em dado momento, a redução no número de crianças justificará diminuir o número de estabelecimentos de ensino. E, por isso, a qualidade precisará melhorar muito.

Outra discussão na mesma linha é se precisamos investir em maternidades ou instituições de longa permanência para idosos. São políticas públicas que precisam ser debatidas. Com a população idosa carente em crescimento, será preciso ter mais instituições que deem assistência a essas pessoas.

Até para liberar para o mercado de trabalho aquela mulher que fica cuidando dos mais velhos nas famílias. Uma política pública que funciona bem em outros países é a criação de centros-dia, em que idosos recebem todos os cuidados, enquanto o familiar vai para o trabalho. O Ministério da Saúde tem uma rede grande de agentes comunitários em todo o país que presta serviços para crianças, mas não para idosos.

É preciso capacitar esses agentes para administrar remédios, cuidar da higiene e da alimentação do idoso. Não se trata de colocar os mais velhos em asilos, mas criar políticas públicas e comunitárias para que recebam cuidados, sem exigir que um familiar se retire do mercado de trabalho para isso.

Envelhecimento significa uma visão panorâmica. Está tudo interligado, é interseccional. O setor da saúde está preparado para esse número crescente de idosos? Segundo dados recentes, temos uma aberração no Brasil. A preferência dos médicos recém-formados é a seguinte: 10% optam pela pediatria e outros 10% escolhem a obstetrícia. Apenas 0,06% optam pela geriatria.

Leia também: Tive o privilégio de ter mãe por 68 anos. Herdei dela antigas preciosidades

Temos um déficit de 28.000 geriatras no Brasil. A Sociedade Brasileira de Geriatria tem, oficialmente, 1.800 médicos. Obviamente que precisamos de mais geriatras, mas o que necessitamos mesmo como política para um país que envelhece tão rapidamente é que todos os profissionais de saúde, não só médicos, aprendam mais sobre envelhecimento, porque gostem ou não, terão que lidar cada vez mais com idosos.

É uma faixa que chegará a 31% da população. E não é possível gostar daquilo que se desconhece. Isso termina em rejeição ao paciente idoso. Se um estudante de medicina se graduar em 2025 e trabalhar 52 anos, assim como eu, chegará ao ano mágico de 2072 tendo atravessado a vida profissional inteira diante da revolução da longevidade despreparado.

No Brasil, existe um idadismo gritante. As pessoas acham que o velho é sempre o outro. E por que esse idadismo é tão enraizado? Há exatos cem anos, quando a seguridade social foi criada no Brasil, as pessoas não viviam mais do que dois ou três anos depois de aposentadas. Agora, elas chegam aos 60 e vão viver mais 30. E precisarão de cuidados, pois envelheceram mal, têm que lidar com doenças como Alzheimer ou sequelas de AVC.

O horror de envelhecer sempre foi e sempre será envelhecer sem saber se terá cuidado, um teto em cima da cabeça, comida na prateleira e um mínimo de dinheiro no bolso, nem que seja para comprar medicamentos. E tem muita gente assustada com a perspectiva de envelhecer porque nós não temos as políticas públicas necessárias.

Nesse sentido, quais políticas públicas são mais urgentes?

Uma delas é o dilema da pobreza. São 20 milhões de pessoas em miséria absoluta. É gente que enfrenta a fome e não tem como envelhecer bem. Outra questão é o País não ter uma política de aprendizagem ao longo da vida para que pessoas com 50, 60 anos continuem a ser produtivas.

Eu, aos 77 anos, estou em pleno vigor da minha vida profissional. Na prática, é idadismo proibir essa possibilidade, através de aposentadorias compulsórias e aposentadorias precoces por causa de doenças, e fazer com que o único segmento da população que está crescendo não possa ter políticas para que elas continuem produtivas, pagando imposto, sendo um fator de desenvolvimento e não um fardo lá no topo da pirâmide.

Com o aumento da expectativa de vida, os 70+ não serão os novos 60+, ampliando assim a permanência no mercado de trabalho?

Essa é uma equação que tem que ser discutida com a sociedade. Não quero impor a alguém que nunca teve satisfação no trabalho, que tem um emprego precário e massacrante, não tem acesso a um transporte de qualidade, e dar um tapinha no ombro do companheiro e dizer “tenho novidades: você vai trabalhar mais 7 anos”.

Leia também: Cidade gaúcha é o centro da longevidade no Brasil

Fizemos uma reforma da previdência mal feita, que privilegiou alguns poucos grupos que nadam em subsídios. Temos um batalhão de pessoas que já foi prejudicado ao longo da sua vida empregatícia, e que agora há quem queira prolongar sua participação no mercado de trabalho. Tem que ter cuidado. Temos que tratar todo mundo com dignidade.

Do ponto de vista pessoal, como chegar melhor lá na frente?

Posso resumir da seguinte forma: para envelhecer bem, comece já. Pense na sua longevidade o mais cedo possível e isso começa aos 20 anos. Não começou aos 20? Inicie aos 30, aos 40, aos 50, aos 60… Crianças e adolescentes têm que crescer sabendo que o futuro é envelhecer.

Envelhecer, meu jovem, é bom. Ou você envelhece ou é sinal que já morreu. Qual você prefere? Então, prepare-se.

Fabiane Stefano A série especial Health Journal é uma produção editorial independente, com o oferecimento de Oncoclínicas.

Para ler mais, clique em Brazil Journal

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Iniciei minhas atividades como jornalista na década de 70. Trabalhei em alguns dos principais veículos nacionais, como O Estado de S. Paulo e Jornal de Brasil. Mas a maior parte da minha carreira foi construída no exterior, trabalhando para a emissora britânica BBC, em Londres, onde vivi durante mais de 16 anos. No retorno ao Brasil, criei um jornal, do qual fui editora até me voltar para a internet. O 50emais ganhou vida em agosto de 2010. Escolhi o Rio de Janeiro para viver esta terceira fase da existência.

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