Carta à minha mãe
Ei mãe! Você me viu na Igreja de Nossa Senhora dos Remédios, no dia 18? Fui à missa, como a senhora pediu. Oito meses já se passaram. As missas, agora, substituem as ligações que eu fazia para a senhora, quando sentia saudade.
Ei mãe! Você me viu na Igreja de Nossa Senhora dos Remédios, no dia 18? Fui à missa, como a senhora pediu. Oito meses já se passaram. As missas, agora, substituem as ligações que eu fazia para a senhora, quando sentia saudade.
Está muito comum entre maiores de 50 uma tal de Fascite Plantar. Parece um surto, de tanta gente se queixando e se tratando. Quatro dos meus irmãos, de hábitos e pesos diferentes, mas nenhum obeso, estão com a doenca, caracterizada por inflamação na membrana que encobre a planta dos pés. E mais três amigos.
Pode parecer que a menopausa não seja assunto para 50+, idade em que o livramento já ocorreu para muitas mulheres. O tema, porém, continua ainda meio tabu, talvez pelos desatinos que provoca.
Suas frases não são mais vistas nos viadutos do Rio, que passou por varias reformas urbanas desde que o projeto da Gentileza morreu, em 1995. Um ou outro pedaço de suas mensagens, escritas com rigor tipográfico, ainda restam junto à rodoviária. Mas, o que ele pregou, morreu com ele.
Conheci uma cidade onde a população bebe água mineral de graça. Águas carbogasosas, ricas em ferro, magnésio, lítio, entre outras propriedades, que as tornam curativas. Todas as manhãs a gente de Caxambu, município mineiro do Circuito das Águas, enche garrafas nas inúmeras fontes, de onde elas emergem do centro da terra, escolhendo de acordo com as propriedades de cada uma.
A velha e a visitante sorveram devagar o vinho branco, na frescura perfumada do jardinzinho suburbano. Armaram a mesa do lado de fora, para contemplarem o pôr do sol enquanto punham a conversa em dia. À meia noite ainda tagarelavam. Havia meses que a velha não ouvia a própria voz. Morava só, na casa decorada com suas lembranças, seus cacarecos empoeirados nas paredes, que imploravam por uma demão de tinta. O filho não achava necessário.
Em pleno dia Internacional dos direitos da mulher (a palavra direitos foi suprimida da data, que se tornou comercial, festiva e de desagravo a tudo que as mulheres vêm sofrendo ao longo de séculos), recebi um vídeo que me impactou bastante.
Viajar é mergulhar no desconhecido e quebrar preconceitos, diz o jornalista Eduardo Campos, há três meses no barril de pólvora que é o Oriente Médio. Não está a trabalho. Foi a passeio, num feriado sabático de um ano, que começou e vai terminar em Portugal.
Como abordar com um amigo ou parente os sinais de que ele precisa consultar um psiquiatra ou um geriatra antes que surte ou desenvolva doenças como Alzheimer ou Parkinson? Imediatamente somos taxados de preconceituosos, impacientes ou mal-educados. Ferimos suscetibilidades. Somos bloqueados. Ganhamos inimigos.
No Carnaval, encontrei vários desses sonhadores visitando projetos agrícolas bem sucedidos, com o propósito de sair das cidades superaquecidas e violentas, comprar terras e iniciar plantios de comida saudável, madeira certificada, árvores nativas em áreas degradadas e recuperar nascentes ressequidas.
Iniciei minhas atividades como jornalista na década de 70. Trabalhei em alguns dos principais veículos nacionais, como O Estado de S. Paulo e Jornal de Brasil. Mas a maior parte da minha carreira foi construída no exterior, trabalhando para a emissora britânica BBC, em Londres, onde vivi durante mais de 16 anos. No retorno ao Brasil, criei um jornal, do qual fui editora até me voltar para a internet. O 50emais ganhou vida em agosto de 2010. Escolhi o Rio de Janeiro para viver esta terceira fase da existência.
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