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Eu caminho diariamente. Procuro dar 7.500 passos ao longo do dia, começando com a caminhada matinal. Faço questão de me vestir e sair toda manhã, porque disso depende a minha disposição, principalmente. 7.500 passos equivalem a cerca de 5 km.
Mas os resultados de um trabalho, considerado o maior já realizado sobre o assunto, mostram que 2.337 passos diários são suficientes para reduzir o risco de morte por doenças cardiovasculares.
O estudo conclui, no entanto que, que, quanto mais uma pessoa caminha, mais sua saúde se beneficia.
Leia os detalhes do estudo neste artigo publicado por O Globo:
É comum ouvir recomendações que mencionam um mínimo de 10 mil passos por dia para se manter saudável, orientação inclusive preconizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Porém, mesmo aqueles que não atingem a meta – e nem a metade dela – já garantem uma redução no risco de morte. É o que mostra um novo estudo, publicado nesta quarta-feira no periódico European Journal of Preventive Cardiology.
“Nossa análise indica que apenas 4.000 passos por dia são necessários para reduzir significativamente as mortes por qualquer causa, e menos ainda é preciso para reduzir as mortes considerando apenas doenças cardiovasculares”, diz Maciej Banach, professor de Cardiologia na Universidade Médica de Lodz, na Polônia, primeiro autor do estudo, em comunicado.
De forma mais precisa, o mais amplo trabalho já feito sobre o tema mostrou que o caminhar um total de 2.2337 passos por dia foi suficiente para se observar um menor risco de óbito por doenças cardiovasculares. Entre aqueles que alcançaram ao menos 3.967 passos, a redução foi constatada nas mortes por todas as causas.
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Além disso, a avaliação, que analisou dados de 226.889 pessoas acompanhadas por 17 estudos durante aproximadamente sete anos, também confirma que quanto mais passos a pessoa der, maiores são os benefícios. A partir dos cerca de 4 mil passos, cada 500 extras foram associados a uma redução de mais 7% no risco de morte, e a cada mil, de 15%.
Os pesquisadores afirmam que não foi encontrado um limite em relação aos efeitos positivos para a saúde. Mesmo pessoas acompanhadas pelo estudo que caminhavam até 20 mil passos por dia viam a redução na mortalidade diminuir de forma proporcional à quantidade.
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“Nosso estudo confirma que quanto mais você anda, melhor. Descobrimos que isso se aplica a homens e mulheres, independentemente da idade e independentemente de você viver em uma região temperada, subtropical ou subpolar do mundo, ou em uma região com uma mistura de climas”, destaca Banach.
Ainda assim, os responsáveis ressaltam que o benefício é ligeiramente maior entre aqueles com menos de 60 anos. Com base nos dados disponíveis, observaram que, entre os idosos, caminhar de 6 a 10 mil passos por dia foi ligado a uma redução de 42% no risco de morte. Já entre os abaixo de 60, o percentual associado a um total entre 7 e 13 mil passos foi de 49%.
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