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Embora possa ocorrer em pessoas mais jovens, o zumbido é mais comum em idosos, principalmente em razão do envelhecimento natural do sistema auditivo. Isso gera perdas de audição, que resultam no incômodo ruído.
Fatores como a pressão alta, comum em pessoas de idade avançada, também agravam o quadro. Segundo especialistas, o zumbido pode ter relação com doenças cardiovasculares e até desvio de coluna.
A orientação é, está com zumbido? Procure um especialista, pois pode ser sinal de alguma mais séria.
Leia o artigo de Julia Queiroz para o Estadão:
Você já passou tempo em algum lugar com o som alto e, quando retornou, sentiu uma espécie de zumbido no ouvido? De acordo com Maria Branco, fonoaudióloga da Microsom, isso pode ser sinal de um problema mais grave.
Apesar de grande parte da população brasileira não ter conhecimento sobre a questão, a conscientização a respeito disso tem crescido com a Campanha Nacional de Alerta ao Zumbido, que se popularizou como Novembro Laranja e busca informar sobre os cuidados com a audição.
Ruído é um alerta
“O zumbido é um sintoma de algo que está acontecendo, pode ser um distúrbio ou problema escondido. Apesar de estar associado a transtornos no sistema auditivo na maioria dos casos, existem outras causas possíveis”, explica.
Como diz Maria, o zumbido pode ser um indicativo de problemas que não estão diretamente relacionados com a audição, como doenças cardiovasculares, tumores de cabeça e pescoço, distúrbios metabólicos, como diabetes, e até desvio de coluna.
Quando está relacionado à audição, ele costuma acontecer por conta de um processo de perda auditiva. “Na tentativa de compensar as células auditivas lesionadas, o sistema trabalha de maneira acelerada e como consequência o zumbido pode surgir”, diz a especialista.
Por outro lado, ele também pode ser uma reação do corpo a dores ou tensões musculares. O consumo excessivo de álcool, açúcar, café e outros estimulantes, assim como transtornos de saúde mental, como depressão e ansiedade, também podem provocar o zumbido.
Como identificar o zumbido?
Antes de considerar a situação preocupante, é preciso entender o que é o zumbido, como identificá-lo e como ele pode indicar algo mais grave.
“A pessoa identifica que escuta um barulho que outras pessoas não estão escutando, normalmente descrevem como um apito, mas existem muitas descrições possíveis: cigarra, abelha, motor, cachoeira, chiado, pulsações”, explica Maria Branco.
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Ao sentir o zumbido, é importante perceber se ele é transitório ou persistente. Caso ele seja recorrente, o ideal é buscar um profissional que possa avaliar se ele é sinal de algum dos problemas mencionados anteriormente.
“É possível realizarmos um exame chamado acufenometria, no qual se investiga as características do zumbido dando ao profissional informações que contribuem para a estratégia terapêutica. Neste exame, o profissional busca identificar as características psicoacústicas do zumbido, ou seja, a frequência e a intensidade que mais se assemelham ao zumbido do paciente”, diz a fonoaudióloga.
Como tratar o zumbido?
Maria Branco explica que o tratamento para o zumbido pode variar muito, já que pode ter muitas causas. “Não existe um tratamento único para todos os tipos de zumbido. É preciso entender o que faz com que esse zumbido aconteça. E a partir daí, o médico vai encaminhar para o tratamento”, diz.
Se a causar estiver relacionada a dores ou tensões musculares, por exemplo, o ideal é conversar com um fisioterapeuta. Caso a origem do problema sejam distúrbios metabólicos, por outro lado, exames de sangue devem ser solicitados.
Uma última solução, no caso do zumbido que tem relação com a perda da audição, são os aparelhos auditivos. “O aparelho gera um som, que contribui para que o paciente tenha um desvio de atenção e oferece um alívio para o problema”, aponta a médica.
*Estagiária sob supervisão de Charlise Morais
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