Foi uma boa sacada essa de alguns empresários e empresárias de criar uma máscara transparente, através da qual pode-se ver o sorriso, o batom e a barba das pessoas. Claro, a novidade, que pode ser encontrada a partir dos 25 reais, está vendendo muito. Não só por causa da parte estética, mas pela possibilidade da leitura labial. Como a pandemia não dá sinal que esta chegando ao fim, máscaras continuam sendo um dos assuntos da hora.
Leia o artigo publicado por O Globo:
“Agora posso voltar a usar batom”. Essa é uma das frases que a empresária Bruna Fernanda da Silva Carvalho mais ouve das clientes. Ela fabrica em Rio Claro (SP) máscaras transparentes, que protegem do novo coronavírus sem esconder o sorriso nem a maquiagem, e vende mais de 30 mil unidades por mês, em todo o país.
Esta é uma das opções para quem quer manter a segurança sanitária e também o glamour. Afinal de contas, como diz um dos hits surgidos na internet durante a pandemia, “trava na beleza/ olha o sorriso que ela tem”.
— Nosso slogan é “o seu sorriso de volta”, mas o da mulherada é “voltei a usar batom”. Eu vejo isso como uma coisa boa e que mexe com a autoestima. A pandemia é uma coisa que mexeu com cada pessoa de uma maneira diferente. Tem gente que a vê como o fim do mundo, um período de incertezas e ainda mexe com o psicológico. Vendo por esse ponto de vista, de resgatar a autoestima, acho positivo — avalia Bruna, que atende blogueiras e já socorreu noivas na porta da igreja, porque o padre não as deixava tirar a máscara de pano para exibir a maquiagem e o sorriso na hora do esperado “sim”.
Leia também: Vantagens de se usar máscara, além da prevenção ao novo coronavírus
Bruna e dois sócios patentearam o produto, que é feito em película de cristal e injetada em policarbonato. Mas a máscara transparente fabricada por eles, que custa R$ 25 (cada) e pode ser encomenda pelo Instagram (mascaras_vinil), não atende apenas quem está preocupado com o visual.
— Muita gente começou a procurar para poder fazer atividades ao ar livre, mas também surgiram outros filões. Hoje, 50% do nosso público são fonoaudiólogos que trabalham com crianças e as pessoas que têm problema auditivo e dependem da leitura labial para se expressar — explica a empresária de Rio Claro.
No Rio de Janeiro, as sócias Suellen Andrade e Alessandra Borges também apostam nas máscaras transparentes. O modelo vendido por elas, que também é fabricado em São Paulo, é feito de um material PET, semelhante ao das garrafas plásticas, com dois filtros feitos com manta de carvão ativado nas laterais, cuja função é garantir a circulação do ar e evitar a retenção do gás carbônico. O produto é vendido a partir de R$ 35, a unidade, com desconto no atacado. As encomendas também são pelo Instagram (@mascaratransparenterj).
— Nosso público principal é composto por pessoas que trabalham como cerimonialistas ou fazendo algum tipo de apresentação pública e que querem exibir o visual livre, com a exposição da aparência — afirma Suellen.
Leia também: Com grande variedade de estampas e cores, a máscara cria um estilo
Modelos com led formam imagem e texto
A tecnologia também fez surgir algumas opções mais descoladas. A maioria é importada, mas pode ser encomendada pela internet. Há desde a máscara interativa e ativada por um comando de voz, que exibe uma boca no ritmo da fala e pode até sorrir, às que mostram frases ou imagens em movimento, como a exibida recentemente pelo jogador de basquete Tacko Fall, do Boston Celtics, que usou um modelo com LEDs coloridos que formavam o Super Mário, personagem dos videogames e de desenho animado.
Leia também: Em tempo de pandemia, tudo tem que estar pronto, caso haja uma emergência