Exatos 28 dias depois de receber a primeira dose da Coronavac, retornei nesta terça-feira(27) ao mesmo posto, na Gávea, no Rio, para a segunda dose. E fiquei surpresa com a desorganização na entrada. Após ser vacinada, no final de março, escrevi um artigo elogiando o trabalho impecável dos profissionais de saúde e dos organizadores (Leia: Enfim, vacinada). Esta manhã, faltou mais atenção dos responsáveis.
Ao chegar, bem antes das 8h, ao meu local de vacinação, notei que, ao contrário da vez anterior, não havia uma fila. As pessoas – homens e mulheres de 70 anos – conversavam espalhadas por mesas e cadeiras, no saguão de entrada. Durante um bom tempo, o ambiente permaneceu assim, tranquilo.
Mas quando as portas se abriram, virou uma confusão: aglomerados, idosos e idosas digladiavam, disputando um lugar na frente. Houve bate-boca e exaltação. Cenas tristes de se ver. Exemplo claro de que a idade nem sempre traz, já nem digo sabedoria, mas sensatez. Pareciam adolescentes querendo sair para o recreio.
Depois, os ânimos serenaram. Foram formadas duas filas: uma para os que iam receber a segunda dose da Coronavac e a outra para os que tomariam a da AstraZeneca. A partir daí, o processo foi rápido, transcorreu sem qualquer problema.
Uma hora depois de chegar, saí vacinada. E mais que aliviada. Sei que terei que continuar com o ritual da segurança: máscara, água e sabão, distanciamento das outras pessoas. Pensei nas tantas pessoas que estão retornando aos postos de saúde para a segunda dose e são informadas que não há vacina para completar a imunização. Eu me senti afortunada.
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