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Na medida em que envelhecemos, aumentam as possibilidades de sofrermos uma queda. No Brasil, com a população envelhecendo rapidamente, as quedas já são a terceira causa de morte entre pessoas de mais de 65 anos.
Desde que o presidente Lula, 78, caiu no banheiro do Palácio da Alvorada, necessitando de pontos na cabeça, e o cantor Agnaldo Rayol, 86, também foi vítima de uma queda, que ocasionou a sua morte, esse é um assunto discutido com frequência pela mídia.
No último domingo, o programa Fantástico, da TV Globo, apresentou um teste, para determinar com rapidez e precisão se a pessoal tem probabilidade alta, média ou baixa de sofrer uma queda.
Veja os detalhes neste artigo publicado pelo portal G1:
Na semanada passada, uma queda no banheiro de casa levou à morte o cantor, ator e apresentador Agnaldo Rayol, aos 86 anos. O caso trouxe à tona um alerta sobre o risco de quedas. No Fantástico deste domingo (11), a doutora Kelem de Necreiro Cabral mostrou dois testes para avaliar o risco de queda, que podem ser feitos em casa, desde que com supervisão.
O primeiro teste consiste em sentar e levantar da cadeira cinco vezes. Para isso, é necessário apoiar as costas na cadeira e juntar os braços ao corpo.
“Se a pessoa demora mais do que 12 segundos para executar esse movimento e apresenta dificuldade na execução, é sinal de que o equilíbrio tá ruim e que esse é um indivíduo com maior risco a cair”, destaca a médica.
No segundo teste, o paciente se senta em uma cadeira, levanta sem apoio dos braços, caminha por uma distância de três metros, dá a volta e se senta novamente na cadeira.
“Se o indivíduo gasta mais do que 15 segundos na execução desse movimento, ou tem algum desequilíbrio na marcha, ou na hora que ele precisa dar a volta para se sentar, significa que é um indivíduo com maior risco de vir a cair”, explica Kelly.
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A médica ainda sugere algumas dicas para reduzir o risco de queda, especialmente para aqueles com idade avançada, problema de saúde ou que faça uso de alguma medicação que possa interferir no equilíbrio:
“Quando a gente identifica que o indivíduo tem o risco de vir a cair, a gente precisa tentar minimizar esse risco, corrigindo aqueles fatores que são mais evidentes. Então, revisão de medicação, avaliação de visão, identificar se é o caso do indivíduo usar alguma bengala, andador, e trabalhar exercícios direcionados de força, marcha e equilíbrio, além de adaptação ambiental”, pontua.
Veja o vídeo:
Tecnologia como aliada
A tecnologia também pode ser uma aliada. Especialmente para quem vive sozinho, sensores que ficam no corpo, como pulseiras e colares, podem alertar centrais de ajuda ou parentes quando algo afeta mobilidade.
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Verônica Praso, de 68 anos, mora sozinha em Santos (,O) uma das cidades brasileiras com maior número de pessoas acima dos 60 anos. Depois de cair algumas vezes, ela conseguiu se cadastrar no serviço gratuito da prefeitura, que usa a tecnologia para atender pessoas como ela, com alto risco de queda.
Caso Verônica veja a cair, ela pode apertar um botão no dispositivo, e um pedido de socorro chega a uma central.
“Me sinto muito segura, como se eu tivesse com outra pessoa dentro de casa comigo. Me sinto protegida”, diz.
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