O que posso dizer da minha experiência com outro idioma é que a minha memória melhorou muito depois que aprendi – e pratiquei, morando na Inglaterra – inglês. Se pudesse dar um conselho às pessoas que passaram dos 50 anos, diria: aprendam outra lingua. E, hoje, tudo está muito mais fácil. Há inúmeros cursos que você pode fazer pela internet. Para avançar no aprendizado, é preciso tem disciplina e determinação. Há ainda os intercâmbios no exterior. Estes exigem maior organização, inclusive financeira. Mas são muitas as opções e as formas de pagar.
Leia este artigo do El País sobre como o cérebro se exercita, quando se fala outro idioma, seja ele qual for:
O cérebro de uma pessoa bilíngue funciona como um semáforo. Quando tem de escolher uma palavra, dá luz verdade ao idioma que está usando e freia com uma luz vermelha o termo de que não necessita. Esse processo natural de escolha, feito centenas de vezes por dia, é como uma ginástica involuntária que melhora a massa cinzenta.
Os efeitos do bilinguismo no cérebro foram analisados nos últimos anos de vários pontos de vista. Há pesquisas que afirmam que falar dois idiomas permite combater melhor o Alzheimer ou a demência. Duas equipes de pesquisa norte-americanas estudam atualmente as vantagens de uma segunda língua para o dia a dia. “Os cérebros bilíngues estão melhor equipados para processar informação”, destaca a professora Viorica Marian, psicóloga e principal autora de um estudo da Universidade de Northwestern (Evanston, Estados Unidos).
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Na mesma linha trabalha outra instituição norte-americana, o Instituto de Aprendizagem e Ciências do Cérebro da Universidade de Washington (Seattle, EUA), que recentemente entrou em contato com as autoridades espanholas e planeja transferir parte de sua pesquisa para o país. Seus codiretores, Patricia K. Khul e Andrew N. Meltzofr, analisam o processo informal desenvolvido pelas crianças para aprender vários idiomas ao mesmo tempo. Desde meados de 2014, estão em contato com a Comunidade de Madri e o Ministério da Educação para ampliar sua pesquisa para centros escolares da primeira infância (de zero a três anos).
As duas equipes se concentram na observação das partes do cérebro ativadas nas pessoas que só dominam um idioma em relação àquelas que funcionam no caso dos que se comunicam pelo menos em duas línguas com fluência. A professora Marian, da Universidade de Northwester, realizou seu estudo com participantes de 18 a 27 anos selecionados pela Universidade de Houston. Dezessete deles eram bilíngues em espanhol e inglês, enquanto outros 18 só falavam inglês. “Escolhemos essas línguas porque é o bilinguismo mais comum no Texas, mas acreditamos que os resultados sejam similares com outras línguas”, afirma a pesquisadora. Clique aqui para ler mais.