Mito 1: Ser elegante após 60 exige necessariamente roupas de grifes caras
É muito comum vermos em revistas e sites sobre moda para mulheres mais velhas, modelos jovens vestindo roupas caras e de grife sugerindo que esse tipo de roupa são as mais indicadas para nós, mulheres 50, 60+.
Longe de ser verdade, esse tipo de anúncio, além de ser uma jogada de marketing, só nos confunde e frustra por que além de não nos vermos representadas pelas modelos ( sempre jovens), sentimo-nos impotentes e desanimadas por não termos condições econômicas para adquirir as “tais roupas de grife”.
É importante ter clareza que estar na moda não significa gastar muito, além do que, nós não somos e nem precisamos nos parecer com uma modelo. O grande segredo para as mulheres de 60 anos é saber escolher as roupas que representam e se “encaixam” na sua personalidade e no seu tipo de corpo.
Mito 2: Tentar parecer mais jovens
“Dicas de Moda para parecer mais jovem”, ou “os 12 erros que as mulheres mais velhas cometem que as impede de parecer mais jovem”, ou ainda ” “alguns truques de moda para você parecer mais jovem”… e por ai vai. Encontramos esses, e outros títulos semelhantes, em várias revistas e sites especializados em moda, como se ser “mais velha” fosse um pecado mortal e de alguma forma ferisse a ética do que se entende por “estar na moda”.
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Na verdade nós, mulheres 60+, carecemos de pessoas especializadas em moda voltada para a nossa faixa etária. Caberia a esses profissionais nos orientar a respeito de como lidar melhor com nossos corpos sem nos pedir para “parecermos mais jovem.” Precisamos de uma abordagem que nos permita expressar nossas personalidades e nos ajude a entender quais são as regras que podem nos ajudar a escolher os modelos, as cores e os acessórios que ficam bem em nossos corpos.
Mito 3: Após os 60 anos você adquiriu o direito de não se preocupar com a aparência
Esse mito envolve uma questão maior na medida em que muitas mulheres na faixa dos 60 anos, talvez devido à falta de boas informações, param de pensar e de se preocupar com a própria aparência, justificando essa postura com as seguintes colocações: com a idade eu adquiri o direito de usar apenas o que quero, e o que eu quero é somente conforto” e “já que agora eu não tenho que impressionar mais ninguém, então, por que me preocupar com a aparência?”
Amigas, mulheres de todas as idades lutam com a sua imagem corporal, com autoconfiança e com a própria independência, isso não é privilégio das mulheres mais velhas, esse desafio cabe a todas, independentemente da idade. A postura de que, só porque temos 60 anos ou mais não precisamos nos preocupar com a aparência, parece mais uma desculpa para acobertar certa depressão e abandono de si mesma.
Não há nada de errado em cuidar de si mesma, valorizar o seu corpo e sentir-se bonita. Seja o seu melhor sempre, aos 50, 60, 70, 80 anos!
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Conclusão: Precisamos de uma abordagem honesta sobre moda para mulheres mais velhas
Achamos que é preciso capacitar melhor as mulheres mais velhas em todos os aspectos de suas vidas. Do ponto de vista da moda, isso significa dar às mulheres de 60 anos ou mais as informações que eles precisam para que possam tomar decisões baseadas em informações verdadeiramente embasadas em todos os aspectos relativos a essa faixa etária. Queremos que as mulheres mais velhas se orgulhem de seus corpos e que descubram o seu estilo pessoal.
Não vamos esquecer que os 60 anos de hoje são bem diferentes do que era há uma geração atrás. Atualmente, mulheres com mais de 60 estão vivendo vidas ativas, produtivas e inseridas no mundo, muitas ainda estão trabalhando,outras estão namorando novamente depois de uma separação ou a perda de um cônjuge.
Nós, mulheres mais velhas, queremos a verdade e não mais os mitos da moda.
As roupas são, naturalmente, apenas um pequeno reflexo de quem somos como mulheres mais velhas. Nós temos todo o direito de ser vistas depois de 60, e se nós não queremos ser “invisíveis” aos olhos dos outros, por que não apresentar ao mundo a nossa melhor imagem? Por que não abraçar a nossa idade com consciência, beleza e alegria?
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