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Esta é uma ótima notícia! Finalmente, os brasileiros vão poder receber gratuitamente a dose da vacina contra hérpes-zóster, doença que provoca dores insuportáveis e pode até matar, se não diagnosticada logo. Suas principais vítimas são pessoas com mais de 50 anos.
Segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, o SUS – Sistema Único de Saúde – vai incluir a vacina na lista de prioridades. Atualmente, a vacina é oferecida apenas laboratórios privados, e o preço é considerado muito alto, – em torno de R$ 800,00 cada uma das duas doses.
Apesar do preço inacessível a boa parte da população brasileira, a vacina já é produzida no Brasil. Com 91% de eficácia, a recombinante inativada (Shingrix) foi aprovada pela Anvisa em 2022, Embora o ministro tenha dito que a aprovação da distribuição será prioridade, ainda não se sabe quando exatamente a vacina estará à disposição da população.
O que é herpes-zóster
No Brasil, estima-se que cerca de um milhão de casos da doença sejam registrados anualmente. Em 2023, foram registrados 2,6 mil internações por herpes zoster, um aumento de 13,6% em relação ao ano anterior.
O herpes-zóster é causado pelo mesmo vírus da catapora, o varicela-zóster. Após a infecção na infância, o vírus fica adormecido no organismo e pode ser reativado décadas depois, especialmente quando o sistema imunológico enfraquece – algo comum com o passar dos anos.
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De acordo com o infectologista Rodrigo Lins, da Sociedade Brasileira de Infectologia, “um em cada três indivíduos vai desenvolver herpes-zóster em algum momento da vida”. E o cenário brasileiro confirma isso: em 2022, foram cerca de 19 mil casos registrados. Em 2023, esse número saltou para impressionantes 127 mil – um aumento de 568%, segundo dados do DATASUS.
Sintomas da doença
O quadro clínico do herpes-zóster, segundo o ministério da Saúde, inclui sinais e sintomas da doença quase sempre típicos da doença. Na maior parte dos casos, antecedem às lesões cutâneas (na pele) os seguintes sintomas:
- dores nevrálgicas (nos nervos);
- parestesias (formigamento, agulhadas, adormecimento, pressão);
- ardor e coceira locais;
- febre;
- dor de cabeça;
- mal-estar.
Complicações que podem surgir
Ainda de acordo com o ministério, o herpes-zóster pode provocar algumas complicações, listadas a seguir:
- ataxia cerebelar aguda, que pode afetar equilíbrio, fala, deglutição, movimento dos olhos, mãos, pernas, dedos e braços;
- trombocitopenia ou baixa quantidade de plaquetas, responsáveis pela coagulação, no sangue;
- infecção bacteriana secundária de pele, como impetigo, abscesso, celulite e erisipela, causadas por Staphylococcus aureus, Streptococcus pyogenes ou outras que podem levar a quadros sistêmicos de sepse, com artrite, pneumonia, endocardite, encefalite ou meningite e glomerulonefrite;
- síndrome de Reye, doença rara que causa inflamação no cérebro e que pode ser fatal, associada ao uso de AAS, sobretudo em crianças;
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- infecção fetal, durante a gestação, que pode levar à embriopatia, com síndrome da varicela congênita, expressa com um ou mais dos seguintes sinais: malformação das extremidades dos membros, microftalmia, catarata, atrofia óptica e do sistema nervoso central;
- varicela disseminada ou varicela hemorrágica em pessoas com comprometimento imunológico;
- nevralgia pós-herpética (NPH) ou dor persistente por quatro a seis semanas após a erupção cutânea, que se caracteriza pela refratariedade ao tratamento. É mais frequente em mulheres e após comprometimento do nervo trigêmeo.
Artigo escrito com informações da Agência Brasil
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