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Só pode entender o quanto a incontinência urinária, quando se perde xixi sem querer, é incômoda quem sofre do problema. As estatísticas mostram que entre 10 e 12 milhões de brasileiros, a maioria mulheres, enfrentam essa questão do escape da urina, muitas vezes nos momentos mais inoportunos.
Eu tenho 71 anos e faço parte dessa estatística. Vários dos meus irmãos também. Herdamos da minha mãe. Para driblar o problema, faço exercícios, como os recomendados pelo Dr. Marcelo Benhack, neste trecho de um artigo que ele escreveu para a revista Veja. Os exercícios ajudam muito.
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Há condições físicas e de saúde que são praticamente inerentes à idade. Sabemos que existem fatores genéticos e epigenéticos que, às vezes, não podemos controlar. Mas algumas alterações em nosso corpo acontecem pelo próprio efeito do envelhecimento.
Uma dessas condições frequentes em consultórios de urologistas e geriatras é a incontinência urinária, perda de urina de forma involuntária pela uretra. No Brasil, segundo a Sociedade Brasileira de Urologia, mais de 10 milhões de pessoas, entre homens e mulheres de diferentes faixas etárias, sofrem com esse distúrbio. Claro que pode afetar também pessoas jovens, mas a maior incidência ocorre a partir dos 65 anos de idade, em 20% das mulheres e em 10% dos homens.
Como sempre, a prevenção é ainda a melhor opção e não foge à regra quando falamos de incontinência urinária. É aconselhável a prática cotidiana de exercícios e, especificamente, exercícios no assoalho pélvico — contraindo e soltando rapidamente os músculos do assoalho pélvico —, perder peso, ter uma alimentação balanceada adequada, reduzir a cafeína, beber bastante água, não segurar a urina por tem prolongado, manter a higiene íntima correta, não fumar e reduzir o consumo de álcool.
Envelhecimento, estilo de vida, obesidade, tabagismo, alimentação inadequada são alguns dos fatores relacionados à incontinência urinária. É uma condição que afeta não só o bem-estar físico, mas a qualidade de vida (sobretudo nos idosos) e tem reflexos emocionais, psicológicos e sociais em praticamente todos os pacientes.
Para os homens, outros dois fatores podem ser acrescidos: o aumento da próstata (hiperplasia prostática benigna), que pode causar incômodos na bexiga, aumentando a vontade de urinar com mais frequência, e o câncer de próstata, que, dependendo do tipo de tratamento, pode ter como efeito colateral a incontinência urinária.
De modo geral, a incontinência urinária pode ser temporária, causada por substâncias que aumentam a quantidade da urina na bexiga, ou por algum problema de saúde passageiro. Pode ser persistente, quando provocada por condições físicas e até neurológicas, como mal de Parkinson, tumor cerebral, acidente vascular cerebral, lesão na coluna vertebral – neste caso, pode ocasionar a incontinência urinária duradoura.
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Como afirmam os especialistas, a incontinência urinária afeta mais as mulheres. O que não quer dizer que os homens estão imunes ao problema. Eles também podem sofrer da doença, como explica Dr. Dráuzio Varella: