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Na quarta-feira, 26 de outubro, Milton Nascimento, um dos nossos tesouros musicais, completou 80 anos de vida, boa parte desse tempo dedicado a nos maravilhar com sua voz forte e única.
Na data do aniversário, o portal Uol publicou este pequeno texto contando, resumidamente, como foram os primeiros tempos de vida de Bituca, nascido na miséria.
Ao falar das oito décadas de existência do artista, o Uol quis, na verdade, homenagear sua mãe natural, Maria do Carmo, Carminha, falecida aos 44 anos. E à generosa Lilia Silva Campos que, percebendo a penúria em que mãe e filho viviam, decidiu adotá-lo.
O filho de Carminha não só sobreviveu, mas tornou-se um dos nossos maiores e mais admirados artistas. Sua voz inconfundível foi saudada assim por Elis Regina: “Se Deus cantasse”, disse ela, “teria a voz de Milton.”
Leia mais sobre o início da vida do artista:
No início de 1942, trabalhando no Rio de Janeiro, no bairro da Tijuca, numa pensão, Carminha conheceu o motorneiro (condutor de bondes) João, que residia na favela Barreira do Vasco.
Dessa relação veio uma gravidez, a qual João resistiu em assumir.
Mesmo assim Maria do Carmo foi morar na favela com a família do companheiro, até receber a visita da sua ex-patroa Augusta (dona da pensão onde Carminha trabalhava), que impressionada com as péssimas condições de vida do menino ainda pequeno (não tinha dois de vida) sugeriu que Maria do Carmo retornasse ao seu antigo emprego.
Contudo, a jovem contraiu tuberculose e temendo que contagiasse o filho, retornou à sua cidade de origem, Juiz de Fora (MG), onde veio a falecer em 1944, com apenas 26 anos de idade.
O menino acabou sendo adotado por Lília Silva Campos, filha de dona Augusta, indo residir em Três Pontas (MG). O seu nome é Milton Nascimento, que nesta quarta-feira(26) completa 80 anos de idade.
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