Ao contrário de muitas atrizes que tentam dourar a pílula quando falam da velhice, Geraldine Chaplin, 70, filha do lendário Charles Chaplin, fala com franqueza de como vê o avançar da idade: “Não há nada de belo na velhice, é uma desgraça, um massacre”. A atriz esteve no Brasil duas vezes este ano. Da segunda vez, no final de outubro, ela deu esta entrevista à agência Efe, publicada pelo Uol:
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Aos 70 anos, a atriz Geraldine Chaplin resiste a envelhecer, e se justifica com uma honestidade desconcertante: “não há nada de belo na velhice, é uma desgraça, um massacre”.
Filha de Charles Chaplin e neta do escritor Nobel de literatura Eugene O’Neill, a intérprete anglo-americana participou da 38ª Mostra de Cinema de São Paulo, com a exibição de seu mais recente filme, “Dólares de Areia”.
Em uma entrevista à Agência Efe no último dia do festival, Geraldine Chaplin volta a falar de um de seus temas favoritos, a passagem do tempo e a batalha perdida que é tentar encontrar fontes de juventude.
E ela confessou que desde os 45 anos vê “a morte em cada esquina”.
Talvez por isso já há algum tempo que a artista nega da velhice em todos os lugares que vai, já que este é “o prelúdio da morte, um país sem mapas onde só existe uma estrada que leva ao fim”.
“Muitos velhos descobrem de repente uma ilha desconhecida dentro deles mesmos, o passado, e começam a viver nele. O problema é que eu não me lembro”.
Apenas há um aspecto em que não consegue fugir dessa radiografia fulminante, confessou: “quando você fica mais velho pode ser um pouco mais observador, porque ninguém te vê”.
Em seu último trabalho, que já passou por festivais na Itália, no Canadá e na Índia antes de aterrissar no Brasil, a atriz encarna uma idosa francesa que se apaixona perdidamente por uma prostituta dominicana, um filme que rompe com vários tabus do sexo na terceira idade. Clique aqui para ler mais.