
50emais
À medida que envelhecemos, o sistema imunológico sofre mudanças que afetam a capacidade do corpo de se defender contra infecções. A partir dos 50 anos, esse processo natural, chamado imunossenescência, torna o organismo mais vulnerável a doenças. Nesse cenário, manter a vacinação em dia é uma estratégia fundamental para garantir saúde, autonomia e qualidade de vida.
Por que vacinar?
Com a idade, as defesas do corpo se tornam menos eficientes. Isso faz com que infecções comuns, como gripe e pneumonia, possam evoluir com mais gravidade. “O idoso deve se vacinar não apenas para se proteger, mas também para reduzir internações, complicações e até mesmo óbitos evitáveis”, explica a geriatra Thais Ioshimoto, do Hospital Israelita Albert Einstein.
Leia também: Campanha de vacinação contra gripe já começou. Não deixe de se vacinar
A médica destaca, por exemplo, a importância da vacina contra o tétano: “Caso o idoso nunca tenha sido vacinado, deve receber três doses da vacina contra tétano em intervalos de 0, 2, 4 a 8 meses. Caso já tenha tomado as doses anteriormente, precisa realizar um reforço a cada 10 anos.”
Quais vacinas são indicadas após os 50 anos?
Segundo o Ministério da Saúde e a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), adultos nessa faixa etária devem se atentar para as seguintes vacinas:
- Influenza (gripe) – deve ser aplicada anualmente, preferencialmente antes do outono.
- COVID-19 – reforços são recomendados conforme a faixa etária e condição clínica. Atualmente, a vacina bivalente é indicada para maiores de 60 anos.
- Pneumocócica (conjugada e polissacarídica) – indicada para prevenir pneumonia, meningite e infecções generalizadas. O esquema vacinal pode incluir a VPC13 ou VPC15, seguida da VPP23.
- Herpes Zóster – recomendada a partir dos 50 anos, principalmente para prevenir o quadro doloroso da doença.
- Difteria, Tétano e Coqueluche (dTpa) – o reforço deve ser feito a cada 10 anos.
- Hepatite B – são necessárias três doses para quem não completou o esquema vacinal.
- Febre Amarela – indicada para quem vive ou viaja para áreas endêmicas, com avaliação médica a partir dos 60 anos.
- Tríplice Viral (Sarampo, Caxumba e Rubéola) – necessária para quem não possui histórico de vacinação ou não teve as doenças.
Importância coletiva
Vacinar-se também é um ato de responsabilidade social. Ao se proteger, o indivíduo contribui para a imunidade coletiva, impedindo a propagação de doenças e protegendo pessoas com imunidade comprometida.
Leia também: Herpes-zóster, doença que pode até matar, cresce entre maiores de 50
O Brasil possui um dos programas de imunização mais amplos do mundo, o Programa Nacional de Imunizações (PNI), criado em 1973. Ainda assim, muitos adultos e idosos deixam de se vacinar por desinformação ou por acreditar que vacinas são apenas para crianças.
A caderneta de vacinação deve ser mantida atualizada em todas as fases da vida. A recomendação dos especialistas é simples: consulte regularmente seu médico e verifique quais vacinas estão indicadas para seu perfil. Essa é uma medida segura, eficaz e essencial para um envelhecimento saudável.
Artigo elaborado com o auxilio de ferramentas de Inteligência Artificial.
Leia também: Aumento da obesidade no Brasil preocupa muito