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O botox é um dos procedimentos estéticos mais procurados no Brasil, sobretudo por mulheres, que buscam amenizar as rugas e linhas de expressão.
Por isso, a Anvisa divulgou nota, alertando para o risco de, depois da aplicação do botox, surgir o botulismo, doença provocada por uso de produto falso ou aplicação incorreta.
O botulismo é uma doença grave e rara, que tem como sintomas dificuldade para engolir, falar ou respirar e, em casos extremos, pode até provocar a morte .
A Anvisa afirma que cuidados importantes podem evitar esse risco. Em primeiro lugar, a agência reforça que sejam utilizadas somente produtos devidamente registrados na agência e dentro do prazo de validade.
Além disso, orienta os profissionais a seguirem as especificações da bula, especialmente em relação ao intervalo necessário entre as aplicações, que varia de acordo com o produto.
Leia o artigo completo publicado por O Globo:
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu um alerta sobre o risco de botulismo após casos de injeção de toxina botulínica, popularmente conhecida como botox.
Mas acrescentou que “a falsificação de toxinas botulínicas representa um risco expressivo à saúde dos pacientes, podendo acarretar complicações graves, como fraqueza muscular severa e, em casos extremos, quadros de botulismo, conforme alertado pela Anvisa”.
Quais são os sintomas do botulismo?
Os sintomas do botulismo podem envolver visão borrada, pálpebras caídas, fala arrastada e dificuldade para engolir e respirar. Em casos graves, pode haver paralisia muscular generalizada e até mesmo morte. A aplicação imediata de antitoxina botulínica é crucial para neutralizar a toxina no sangue e prevenir a progressão do quadro.
O que é o botulismo?
O botulismo é uma doença neuroparalítica grave e rara causada pela toxina botulínica, que é uma proteína produzida pela bactéria Clostridium botulinum. A toxina é a mesma usada no botox para impedir a contração dos músculos, evitando por exemplo a formação de rugas e linhas de expressão.
“A diferença entre os dois está na dose e na forma de aplicação da toxina. O medicamento contendo toxina botulínica utilizado para fins terapêuticos e estéticos contém uma forma diluída e purificada”, explica a Anvisa em nota.
A agência diz ainda que “após a revisão de dados de notificações e textos de bula disponíveis em outros países” solicitou que as empresas de botox incluam em bula o “risco de que a toxina pode afetar áreas distantes do local da injeção, com a possibilidade de causar sintomas graves de botulismo”.
O que fazer caso apresente algum sintoma?
A Anvisa orienta que, em caso de sintomas de botulismo, como dificuldade para engolir, falar ou respirar, após o botox, o paciente consulte seu médico ou vá imediatamente ao pronto-socorro mais próximo. Ao procurar atendimento, é importante informar que passou pelo tratamento e, se houver disponível, os dados do medicamento.
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“Qualquer suspeita de evento adverso deve ser notificada à Anvisa por meio do sistema VigiMed, acessível a todos, mesmo que não tenha certeza da relação com o medicamento. A Anvisa reforça que a notificação de eventos adversos é essencial para identificar novos riscos, atualizar o perfil de segurança dos medicamentos e desenvolver medidas corretivas quando necessário”, continua.
Como evitar o botulismo após botox?
A Anvisa afirma que cuidados importantes podem evitar o risco. Em primeiro lugar, reforça que sejam utilizadas somente formulações devidamente registradas na agência e dentro do prazo de validade.
“A consulta da regularidade de uma toxina botulínica pode ser feita pelo sistema de consultas, usando dados como nome do produto ou CNPJ do fabricante, disponível na embalagem”, explica.
Ao fazer o procedimento, o paciente tem o direito a ser integralmente informado e deve checar informações como marca do produto, lote e validade, diz a agência. O órgão também ressalta que o procedimento deve ser feito apenas por profissionais habilitados e em estabelecimentos autorizados pela vigilância sanitária local.
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Além disso, enfatiza aos profissionais que sejam seguidas as orientações da bula, especialmente em relação ao intervalo necessário entre as aplicações, que varia de acordo com o produto.
“A Anvisa destaca que é importante perguntar aos pacientes sobre o histórico de injeções de toxina botulínica, incluindo a data, indicação e a dose de aplicações prévias, de forma a garantir que as aplicações ocorram em intervalos adequados”, complementa.
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