A gente tão precisada de uma boa notícia. E ela chegou nesta sexta-feira, 26 de março: o Instituto Butantan, de São Paulo, está desenvolvendo uma vacina contra o novo coronavírus, a Butanvac, inteiramente brasileira, que, se tudo correr como o esperado, poderá estar à disposição da população já no segundo semestre deste ano, de acordo com o diretor do Butantan, Dimas Covas. Para um país de 220 milhões de habitantes, que vem enfrentando enormes dificuldades para comprar vacinas lá fora, não poderia haver melhor alento.
Agora, o Instituto Butantan vai pedir à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorização para a realização de testes clínicos da Butanvac em seres humanos. Esse é o passo inicial para a aprovação do imunizante. No momento, o Brasil vem usando duas vacinas para a imunização de sua população^: a Coronavac, produzida pelo Butantan com um laboratório chinês, e a Oxford-Astra/Zêneca, comprada pelo governo federal do laboratório britânico. Até agora, 6,65% de população brasileira recebeu a primeira dose da vacina, o que equivale a cerca de 15 milhões de pessoas.
A Butanvac, que começou a ser pesquisada há um ano e já foi testada em animais, será feita com tecnologias já conhecidas, aplicadas em outras vacinas produzidas pelo Butantan, principalmente a da gripe, que o instituto produz 80 milhões, anualmente. A ideia é utilizar a estrutura que já está montada para essas vacinas e colocá-la em ação para a produção de doses contra o novo coronavírus. Um dos aspectos interessantes da nova vacina é que não será produzida apenas pelo Brasil, mas num esquema de parceria com outros dois países, localizados do outro lado do mundo: Vietnã e Tailândia.
Conheça mais detalhes da Butanvac nesta reportagem da BBC Brasil: Butanvac: O que se sabe sobre vacina 100% brasileira que pode trazer 40 milhões de novas doses em julho
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