
Psicanalista fala da difícil passagem de filha para mãe da mãe
Quando li este artigo escrito por Mauro Ventura para a Revista O Globo, eu me identifiquei imediatamente com a psicanalista e escritora Betty Milan. Morei muitos anos no exterior. Retornei ao Brasil quando a minha mãe estava com 81 anos. Fui morar na casa dela e, nos anos seguintes, até que se despediu da vida, eu realmente me tornei a mãe da minha mãe. Era um privilégio estar com ela e usufruir de sua imensa sabedoria. Ao mesmo tempo, perturbava ver sua energia se escoando com o passar do tempo. Em seu livro A Mãe Eterna, a psicanalista fala exatamente dessa profunda mudança na relação entre mãe-filha/filha-mãe.