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Economista negra será a primeira mulher a chefiar Organização Mundial do Comércio

08/08/2022
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A economista nigeriana Ngozi Okonjo-Iweala, de 66 anos, substitui, a partir de 1º de março, o brasileiro Roberto Azevêdo no comando da OMC

A escolha da nigeriana Ngozi Okonjo-Iweala, para chefiar a importante Organização Mundial do Comércio não poderia refletir melhor os tempos de mudança que estamos vivendo. A economista, duas vezes ministra das Finanças de seu país, será a primeira mulher a assumir a direção da organização com sede em Genebra, na Suiça, responsável por regular o comércio internacional. Ngozi, que ocupava o segundo cargo mais importante na hierarquia de outra instituição de peso, o Banco Mundial, adentra um território até agora dirigido unicamente por homens. E, aos 66 anos, faz história.

Leia o artigo de Kunle Falayi para o site da BBC Brasil:

Tendo sobrevivido às águas turvas da política na Nigéria, onde sua mãe chegou a ser sequestrada em uma tentativa de amedrontá-la, e ascendido à segunda posição no Banco Mundial, Ngozi Okonjo-Iweala não deve ter problemas para lidar com negociadores de comércio internacional em seu novo emprego como diretora-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC).

Duas vezes ministra de Finanças de seu país, a nigeriana de 66 anos será a primeira mulher e a primeira africana a ocupar o cargo, vago desde agosto do ano passado.

Ela substitui o diplomata brasileiro Roberto Azevêdo, que decidiu deixar o posto um ano antes do término do seu mandato — Azevêdo foi diretor-geral da OMC por sete anos, desde 2013, e hoje é vice-presidente-executivo e diretor de Relações Corporativas da PepsiCo.

Okonjo-Iweala foi eleita em reunião extraordinária virtual, com o apoio da maioria dos países-membros — e selou sua nomeação depois que Joe Biden se tornou presidente dos Estados Unidos, uma vez que a gestão Trump apoiava a candidata da Coreia do Sul, Yoo Myung-hee.

Em nota divulgada nesta segunda-feira (15/2), o Itamaraty parabenizou Okonjo-Iweala.

“Tal qual o Embaixador Azevêdo, a nova diretora-geral apresenta a combinação de liderança política e capacidade técnica, fundamentais para lidar com os desafios que hoje enfrentam a OMC e o sistema multilateral de comércio”, diz a nota da Chancelaria brasileira.

“Para o Brasil, a OMC permanece como alicerce central do sistema multilateral de comércio. O Brasil está pronto a colaborar com a diretora-geral Ngozi Okonjo-Iweala, para fortalecer a OMC em sua missão fundamental de promover o livre comércio entre economias de mercado; estimular as reformas necessárias à Organização nos seus três pilares – negociações, solução de controvérsias e transparência; e assegurar resultados realistas e ambiciosos na 12ª Conferência Ministerial da OMC em 2021, especialmente em agricultura. O Brasil continuará trabalhando por um sistema multilateral de comércio com regras que favoreçam a prosperidade econômica e a geração de renda e empregos para os brasileiros.”

ESPECIALISTA EM ECONOMIA DO DESENVOLVIMENTO

Apesar de recentemente ter adquirido a cidadania americana, Okonjo-Iweala ressalta ser nigeriana e é ferozmente patriótica — exibindo sua origem em seus trajes sob medida com estampa africana.

Em entrevista à BBC em 2012, ela disse que adotou esse tipo de vestimenta, que custa cerca de US$ 25, pois não tinha tempo nem dinheiro para pensar em como se vestir, uma vez que, com quatro filhos, tem que se equilibrar entre o trabalho e a maternidade.

Okonjo-Iweala, que tem especialização em Economia do Desenvolvimento pela prestigiada Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, é vista como uma mulher trabalhadora e pé no chão.

Em julho do ano passado, em entrevista ao programa HardTalk, da BBC, ela afirmou que a OMC precisava de uma “sacudida”.

“Eles precisam de algo diferente, não pode ser um negócio normal para a OMC — [eles precisam] de alguém disposto a fazer as reformas e liderar.”

Okonjo-Iweala largou seu emprego no Banco Mundial para trabalhar como ministra das Finanças da Nigéria — Foto: Getty Images via BBC

DUAS VEZES MINISTRA DAS FINANÇAS DA NIGÉRIA

Durante seus 25 anos no Banco Mundial, Okonjo-Iweala liderou várias iniciativas para ajudar os países de baixa renda, em particular levantando quase US$ 50 bilhões em 2010 de doadores para a Associação Internacional de Desenvolvimento (IDA), o fundo do Banco Mundial para os países mais pobres.

Mas é de sua agenda de reformas na Nigéria que ela realmente se orgulha — especialmente das duas vezes em que serviu como ministra das Finanças do país sob os presidentes Olusegun Obasanjo e Goodluck Jonathan.

Leia também: Dona da Magazine Luiza quer todos os brasileiros vacinados dentro dos próximos seis meses

Uma de suas maiores conquistas foi liderar uma equipe que negociou, em 2005, uma redução colossal da dívida do país, ajudando a Nigéria a obter sua primeira classificação de dívida soberana.

As dívidas do país datavam do início dos anos 1980 e haviam aumentado para mais de US$ 35 bilhões devido a multas e taxas por atraso na década de 1990.

Suas reformas econômicas tiveram um impacto de longo alcance e salvaram a Nigéria em um período crítico, de acordo com o proeminente economista nigeriano Bismarck Rewane.

Isso incluiu desvincular o orçamento do preço do petróleo, permitindo ao país economizar dinheiro em uma conta especial quando os preços da matéria-prima estavam altos.

“Foi essa proteção que garantiu a sobrevivência da economia da Nigéria entre 2008 e 2009”, disse Rewane à BBC.

SEQUESTRO DA MÃE

Okonjo-Iweala largou um emprego bem remunerado no Banco Mundial e deixou sua família em Washington, capital dos Estados Unidos, onde seu marido trabalha como neurocirurgião, para voltar à Nigéria. Ali, ela destoava dos outros ministros por não contar com uma grande equipe de assessores ou frota de carros.

Na verdade, até gostava de fazer sua própria comida quando podia, como a sopa de pimenta rabo de vaca, uma de suas favoritas, contou ela em entrevista ao jornal britânico Financial Times em 2015.

Mas suas reformas e, especialmente, sua repressão à corrupção no setor de combustíveis, onde alguns importadores poderosos — conhecidos como marqueteiros — reivindicaram enormes somas de dinheiro em subsídios do governo para o combustível que não haviam vendido, tiveram um custo pessoal.

Sua mãe, Kamene Okonjo — médica e professora aposentada de sociologia —, foi sequestrada de sua casa no sul da Nigéria em 2012, aos 82 anos.

A economista com outro dos trajes nigerianos que costuma usar

O sequestro é comum na Nigéria, e se tornou um empreendimento criminoso lucrativo — sem ajuda da polícia, as famílias costumam pagar o resgate.

A então ministra das Finanças disse que os sequestradores primeiro exigiram sua renúncia e depois um resgate. Mas ela diz que se negou a aceitar a ordem.

Okonjo foi libertada ao fim de cinco dias em circunstâncias pouco claras, mas a abordagem séria de sua filha pode ter influenciado.

MULHER PODEROSA

Um de seus filhos — Uzodinma Iweala, autor do romance Beast of No Nation, de 2005 — disse sobre sua educação rígida: “Minha mãe é uma mulher muito poderosa. Ela sabe como quer que as coisas sejam feitas, e se você não fizer do jeito dela, você está em apuros.”

‘Posso suportar dificuldades’
Seu ímpeto pode vir de seu conhecimento da pobreza real. Ela morou com sua avó até os nove anos, pois seus pais estavam no exterior para estudar.

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“Eles se foram por quase uma década antes de eu realmente os ver e conhecer. Fiz tudo que uma menina de aldeia faria, buscar água, ir para a fazenda com minha avó, todas as tarefas, eu vi o que significava pobreza, ser pobre em primeira mão”, disse ela à BBC em 2012.

Sua experiência como adolescente durante a guerra civil de Biafra de 1967 a 1970 cristalizou isso.

Seus pais, da etnia igbo, perderam todas as suas economias durante o conflito, pois seu pai, um renomado professor, era brigadeiro nas forças de Biafra.

“Posso suportar dificuldades. Posso dormir no chão frio a qualquer hora”, disse ela para logo depois acrescentar, rindo: “Mas eu também posso dormir numa cama de penas”.

Essa determinação e independência a ajudaram enquanto ela empreendia outras reformas na Nigéria – como sua decisão de revelar o destino dos recursos públicos, seja para a construção de estradas ou o funcionamento de escolas e clínicas rurais.

O economista e ex-candidato presidencial Pat Utomi disse que os nigerianos não tinham ideia de quanto as administração regionais recebiam.

“Mas ela (Okonjo-Iweala) teve a ideia de publicá-los e basicamente constrangeu muitas pessoas”, diz Utomi.

COMBATE À CORRUPÇÃO

Ela também introduziu um sistema que ajudou a remover milhares de funcionários e aposentados fantasmas da folha de pagamento do governo.

Mas quando o governo decidiu remover um subsídio ao combustível em 2012, o resultado não foi positivo.

Okonjo-Iweala disse que o benefício era insustentável, pois custava US$ 8 bilhões por ano, e incentivava a corrupção.

Com a então presidente do Fundo Monetário Internacional, Christine Lagarde

No entanto, o governo foi forçado a recuar após protestos em todo o país — o subsídio só foi removido no iní CORUcio deste ano, com a promessa de que haveria um teto no preço do produto.

E alguns acreditam que, embora suas reformas na Nigéria tenham sido boas, não duraram muito.

‘Como administrar uma casa’
Mas a ativista feminina nigeriana Josephine Effa-Chukwuma diz que a carreira de Okonjo-Iweala é muito mais impressionante, dado o pouco respeito que as mulheres recebem na Nigéria.

“Ela deixou as mulheres orgulhosas de que uma mulher em um país patriarcal e misógino como a Nigéria pudesse se manter e ter um desempenho digno de crédito ao contrário do que pensavam seus detratores”, diz Effa-Chukwuma à BBC.

“Ela era honesta, transparente e responsável — virtudes raramente encontradas em ocupantes de cargos públicos na Nigéria.” Okonjo-Iweala já brincou que as mulheres parecem ser menos corruptas.

“As mulheres tendem a ser mais honestas, diretas, mais focadas no trabalho e menos egocêntricas. Não sei se é um instinto feminino, mas administrar uma economia às vezes é semelhante a administrar uma casa”, disse ela ao jornal britânico The Independent em 2006. E as mulheres também estão em sua agenda na OMC.

Ao candidatar-se ao cargo, ela disse: “Deve também atender ao desafio de facilitar a maior participação das mulheres no comércio internacional, especialmente nos países em desenvolvimento, onde maiores esforços devem ser feitos para incluir empresas de propriedade de mulheres no setor formal”.

Effa-Chukwuma diz que tudo isso é um bom presságio para a OMC: “Nós confiamos nela para cumprir o trabalho e garantir que os países em desenvolvimento se beneficiem do comércio internacional.”

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Iniciei minhas atividades como jornalista na década de 70. Trabalhei em alguns dos principais veículos nacionais, como O Estado de S. Paulo e Jornal de Brasil. Mas a maior parte da minha carreira foi construída no exterior, trabalhando para a emissora britânica BBC, em Londres, onde vivi durante mais de 16 anos. No retorno ao Brasil, criei um jornal, do qual fui editora até me voltar para a internet. O 50emais ganhou vida em agosto de 2010. Escolhi o Rio de Janeiro para viver esta terceira fase da existência.

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