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Muita gente se surpreendeu ao saber que Airto Moreira, um dos maiores percussionista de todos os tempos, com uma bem sucedida carreira internacional, aos 80 anos, está lançando mão de uma vaquinha virtual como forma de conseguir os recursos necessários para tratamento de saúde.
A história lembra o que aconteceu com outro gênio da MPB, João Gilberto(1931-2019), que passou por sérios problemas financeiros no final da vida.
Aírto Moreira, casado com outra lenda da música, Flora Purim, já tocou com os gênios Miles Davis e Herbie Hancock. É respeitadíssimo aqui e lá fora. Considerado por muitos “pai do percussionismo moderno”.
O que mais surpreende é que o músico não vai fazer um tratamento milionário para combater as sequelas de uma pneumonia muito forte. Ele precisa de 120 mil reais. Até o início da semana, havia arrecadado 6 mil.
Leia o artigo publicado por O Globo:
Considerado um dos maiores instrumentistas do mundo, o baterista, percussionista e compositor catarinense Airto Moreira, de 80 anos, foi diagnosticado recentemente com uma pneumonia forte, que o colocou em risco e deixou sequelas motoras. Diante dos altos custos para cuidar de sua saúde, foi iniciada uma campanha de financiamento coletivo para apoiar o artista.
“Hoje ele necessita de fisioterapia, fonoaudiologia e tratamentos especiais. Nosso objetivo aqui é arrecadar uma quantia suficiente pra que ele possa atravessar esse momento delicado com serenidade, conforto, dignidade e todos os cuidados necessários”, destaca o texto da campanha presente no site Vakinha.com.br.
A vaquinha virtual busca arrecadas R$ 120 mil e foi compartilhada por amigos de Airto nas redes sociais, como os músicos Zé Renato e Duda Neves. Até o início da semana, hava sido arrecadados pouco mais de R$ 6 mil.
Airto Moreira é considerado por muitos como o “pai da percussão moderna”. Ele esteve presente em momentos decisivos da história da música: com o Quarteto Novo em 1967, quando Edu Lobo e Marília Medalha ganharam o Festival da Música Brasileira com “Ponteio”.
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Airto também tocou com Miles Davis, em 1970, quando o trompetista inventou o fusion com o disco “Bitches brew”; com a mulher, Flora Purim, o pianista Chick Corea e o baixista Stanley Clarke em 1972 na criação do supergrupo de jazz Return to Forever.
Em outubro do ano passado, lançou, pelo selo Ars Magna, o álbum “Eu canto assim”, no qual solta a voz em clássicos da MPB como “Canção dos olhos tristes” (Tito Madi), “A noite do meu bem” (Dolores Duran), “As praias desertas” (Tom Jobim), “Ilusão à toa” (Johnny Alf) e “Canção que morre no ar” (Carlos Lyra e Ronaldo Bôscoli). No disco, Airto também toca bateria e percussão, acompanhado por Davi Sartori (piano) e Thiago Duarte (contrabaixo), com direção musical de Flora.
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