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Faltando menos de uma semana para a entrada do inverno, em 21 de junho, com os termômetros marcando temperaturas já bem mais baixas, o comportamento das pessoas já está mudando.
Nesse período, mesmo no Brasil, que não tem um inverno tão rigoroso como países europeus, por exemplo, é comum as pessoas ficarem com uma sensação maior de tristeza, que pode chegar à depressão.
Tem a ver com a falta da luz do sol, dias mais escuros, que faz com que a gente também sinta mais preguiça e pode afetar até a vida sexual, como você vai ver neste artigo de Giovanna Castro para o Estadão.
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Às vésperas do inverno e com as temperaturas já em queda, começamos a notar algumas mudanças, como mais fome e sono. É que o frio provoca alterações importantes no metabolismo.
Mas será que a redução da temperatura é capaz de interferir até no nosso estado emocional, levando a uma maior sensação de tristeza? A resposta é sim.
Por causa da baixa luminosidade característica dos dias mais gélidos, é possível que as pessoas se sinta mais abatidas e estressadas nesse período do ano. Estudos mostram que, em países muito frios, onde os dias são muito curtos ou as pessoas passam até seis meses no escuro, há uma maior taxa de depressão na população.
“Isso acontece por conta do transtorno afetivo sazonal. A luz tem um efeito antidepressivo, pois ela melhora a regulação de liberação hormonal, em especial do eixo de serotonina e melatonina”, diz Eduardo Perin, psiquiatra especialista em sexualidade pelo Instituto Paulista de Sexualidade (InPaSex).
Esses dois hormônios têm relação direta com o nosso estado de humor. Em adicional, “o frio em excesso causa estresse, que acaba contribuindo para um quadro depressivo,” afirma Perin.
A diminuição das atividades físicas e do convívio social, já que a tendência é passarmos mais tempo dentro de casa no frio, contribuem ainda mais para a instalação da melancolia. Por isso, fazer um esforço extra para se exercitar e marcar encontro com amigos pode ser um caminho para afastar o desânimo.
Impacto até na libido
A falta de ânimo pode acabar atrapalhando até a vida sexual. De acordo com Perin, há estudos mostrando que o frio altera a liberação de hormônios sexuais, como a testosterona, que funciona de acordo com o ritmo circadiano – ele é regulado pela luz ou ausência dela. Porém, “a libido não se constrói somente a partir dos hormônios sexuais”, ressalta o médico.
Para ter mais disposição para fazer sexo no frio, é importante praticar exercícios físicos, pois eles ajudam a liberar serotonina e endorfina, hormônios que causam sensação de bem-estar. Manter o ambiente aquecido também pode ajudar a perder o receio em tirar a roupa, outra grande barreira no frio.
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E a preguiça?
No verão, como os dias são mais longos, ensolarados e tendemos a fazer mais atividades externas, o corpo sofre mais estímulos para atividades diárias, que demandam energia e aceleração do metabolismo. Já no frio, quando os dias são mais curtos, nublados e permanecemos mais tempo em locais fechados, dá mais vontade de “hibernar”. Afinal, como há menos luz e calor, o corpo tende a manter o estado de conservação de energia e demora mais para engrenar. Por isso que ficamos mais “preguiçosos” com o frio.
Até dá para tentar driblar a preguiça no inverno, mas para isso é preciso manter uma rotina. Desse modo, ir para a cama, comer e realizar outras atividades sempre nos mesmos horários faz com que o seu organismo se acostume e sofra menos com as mudanças externas.
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