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O inverno está aí – chega em 21 de junho. E com a nova estação surgem as ameaças de sempre, as doenças provocadas pelas baixas temperaturas.
Durante os meses mais frios do ano, os diagnósticos mais comuns são de rinite alérgica, asma, sinusite, exacerbações de bronquite crônica, DPOC (doença obstrutiva pulmonar crônica), enfisema pulmonar e pneumonias..
Nos meses de inverno, é comum a baixa umidade do ar, as alterações bruscas de temperatura e o aumento da poluição atmosférica, o que afeta, principalmente, quem sofre de doenças respiratórias crônicas.
Nos dias frios, as pessoas costumam ficar mais tempo em ambientes fechados, com pouca ventilação, o que também favorece o surgimento de doenças respiratórias, assim como a transmissão de gripe, resfriados e outras bactérias e viroses.
Leia mais sobre o assunto neste artigo do Estadão:
Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) revelam que as doenças respiratórias ocupam o terceiro lugar entre as causas de morte no mundo.
O mestre em pneumologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), o médico Alex Macedo, explicou ao Estadão.com.br que o hábito das pessoas é determinante no desenvolvimento de doenças típicas da estação.
“O excesso de trabalho, a má alimentação e a procura por ambientes fechados e lotados faz com que o contato com vírus e bactérias, presentes no ar, aumente as chances de contrair alguma doença,” afirma Macedo.
Infecções respiratórias, infecções intestinais, meningite e pneumonia são, segundo o especialista, as doenças com maior ocorrência durante a estação.
Como o inverno brasileiro é caracterizado por mudanças bruscas de temperatura e da umidade relativa do ar, a transmissão das doenças aumenta.
“Os principais sintomas que identificam as doenças respiratórias são febre, dores no corpo e tosse”, detalha Macedo.
“Além desse diagnóstico, quadros virais podem atingir a circulação sanguínea, chegar ao intestino e desencadear a diarreia infecciosa viral, também muito frequente nesta época do ano”, diz o especialista.
As doenças típicas do inverno são mais preocupantes em crianças e em idosos em função da baixa hidratação no corpo.
“Isso não quer dizer que os adultos e adolescentes não devam se precaver, porque a pneumonia é a primeira causa de internação no País e pode evoluir para o óbito”, avisa.
Para prevenir doenças, o especialista recomenda evitar aglomerações, como shoppings e cinemas em horários de pico.
Também é preciso manter o sistema de defesa do organismo em boa forma, através de boa alimentação e constante hidratação com água, sucos e vitaminas.
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Pelo menos uma refeição deve ter legumes, verduras e frutas, de preferência crus. “Quanto mais cru for o alimento, maior é a quantidade de minerais que o nosso organismo absorve”, diz Macedo.
“Todos entramos em contato com vírus e bactérias no dia-a-dia, mas nem todos desenvolvem doenças porque o sistema imunológico atua. Por isso é importante mantê-lo muito bem fortalecido”, ressalta.
Outro alerta: em casa ou no trabalho, costuma-se sentir calor, mas sempre antes de sair desses ambientes deve-se agasalhar para evitar o choque de temperatura, que facilita a ocorrência de doenças.
O excesso de poeira contribui para a piora de alergias.
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