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Em um artigo publicado pelo site https://www.hcor.com.br, Dra. Magaly Arrais afirma que as mulheres cuidam pouco do coração. “A primeira visita ao especialista deve acontecer aos 30 anos,” diz ela, lembrando que “quem tem familiares com problemas cardíacos deve procurar avaliação antes dessa idade.”
Minha mãe e dois dos meus irmãos morreram em consequência de problemas no coração. Mesmo assim, eu nunca havia me consultado com um cardiologista.
Sempre tive ótima saúde, porque me cuido: faço exercícios físicos diariamente, busco me alimentar bem e dormir o suficiente.
Até agora, com 73 anos, não tomava qualquer medicamento, nem mesmo para regular a pressão.
Precisei fazer uma cirurgia para a retirada de um pólipo no útero. Quando me recuperei da sedação, a anestesista veio conversar comigo.
Disse que eu deveria procurar um cardiologista, porque, durante o procedimento, houve uma anomalia nos batimentos do meu coração.
Depois de fazer uma bateria de exames – ficar com o Holter 24 horas-, veio o diagnóstico: fibrilação atrial.
Fiquei estupefata (uma certa vontade de chorar…) quando o cardiologista me comunicou que terei de tomar, todos os dias, dois medicamentos diferentes pelo resto da vida.
Por isso, decidi postar este artigo de Mariza Tavares, do blog Longevidade: Modo de Usar, de O Globo, como um alerta, para que mais mulheres cuidem desse órgão fundamental, pois é o responsável por bombear o sangue que leva oxigênio às nossas células
Leia:
O Colégio Americano de Cardiologia alertou que o risco cardiovascular feminino aumenta de forma significativa no climatério, ou seja, na passagem da fase reprodutiva para a não reprodutiva, que inclui a menopausa. É nesse período que as mulheres perdem a proteção do hormônio estrogênio, cuja produção entra em declínio. Os pesquisadores responsáveis pelo estudo enfatizaram a importância de reconhecer precocemente sinais de doença cardíaca:
“As mulheres, especialmente as que estão na pós-menopausa, muitas vezes não são avisadas sobre os riscos que surgem nessa fase. Acabam não fazendo o rastreamento necessário”, afirmou Ella Ishaaya, especialista em medicina interna do Harbor-UCLA Medical Center, na Califórnia. Doenças cardíacas são a principal causa de morte para ambos os sexos.
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O escore de cálcio coronariano é o exame que, através de uma tomografia computadorizada, detecta e quantifica calcificações presentes nas artérias coronárias, os vasos responsáveis pela irrigação sanguínea do coração e que, obstruídos, podem levar ao infarto agudo do miocárdio. Quanto maior a quantidade de cálcio, maior o risco.
Os pesquisadores analisaram os dados de 579 mulheres na pós-menopausa que tomavam estatinas para controlar o colesterol e haviam se submetido a dois escores de cálcio, num intervalo de um ano. Foi detectado que a calcificação se acelerara entre elas, se comparadas com os homens – o que só reforça os benefícios da terapia hormonal da menopausa, mais conhecida como reposição hormonal.
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Como um assunto puxa o outro – e ambos estão relacionados às mudanças hormonais enfrentadas na meia-idade – estudo publicado na revista científica “Journal of Affective Disorders”, envolvendo nove mil mulheres do mundo, afirma que 40% das que estão na perimenopausa (período que antecede a menopausa e pode durar de cinco a dez anos) enfrentam um risco aumentado para um quadro de depressão.
A boa notícia é que a atividade física é a melhor garantia para a qualidade de vida de mulheres na meia-idade. Levantamento realizado com mais de dez mil australianas mostrou uma relação consistente entre o exercício regular e uma velhice saudável, mesmo quando as participantes passaram a se exercitar apenas depois dos 50 anos.
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