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Há mais de 30 anos Helen Antenucci trabalha como motorista de trens, na região de Boston, leste dos Estados Unidos.
Mas só agora, aos 81 anos, ela ganhou fama, ao se tornar a mulher mais velha no mundo em atividade nessa profissão.
É que foi incluída no Guinness, o livro que registra os recordes em qualquer área nos quatro pontos do planeta.
Com o envelhecimento da população, que também está acontendo nos Estados Unidos, vamos ver cada vez mais histórias como a de Helen, casada, cinco filhos e muitos netos. Ela gosta tanto do que faz que nem pensa na aposentadoria.
Leia este pequeno perfil da condutora publicado pelo Estadão:
O Guinness, Livro dos Recordes, entregou o título de condutora de trens mais veterana do mundo à norte-americana Helen Antenucci, de 81 anos. Ela conduz há cerca de três décadas os veículos da linha azul do Massachusetts Bay Transportation Authority, que opera no nordeste de Boston, nos Estados Unidos.
O título foi solicitado por um colega de Helen sem o seu conhecimento. “Não sei o motivo de tanto alvoroço. Eu me levanto todos os dias e faço o que amo fazer. Não são muitas pessoas que podem dizer isso na minha idade”, explicou a recordista em uma publicação do Guinness.
A condutora se tornou uma presença constante na vida dos passageiros, que esperam para embarcar no seu trem diariamente. “Conheci muitos deles ao longo dos anos. Eles pegam o trem para ir e voltar do trabalho ou da escola todos os dias. Eu me sinto bem quando posso levá-los rapidamente e com segurança para onde precisam ir”, disse Helen para o Guinness.
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A condutora começou sua carreira como condutora de trem em 1995, aos 53 anos. “Eu tinha cinco filhas”, contou ela. “Foi uma maneira de sair de casa e ter um pouco de paz e tranquilidade.”
Após alguns meses de treinamento para operar o sistema ferroviário, a norte-americana começou a conduzir os trens, sob a supervisão de um instrutor.
Mulheres nos trens
Mesmo havendo poucas operadoras no início, Helen nunca encontrou discriminação por parte de colegas ou passageiros. “Fazia meu trabalho bem e ganhei meu lugar na empresa”, explicou.
A condutora estima que as mulheres agora compõem cerca de 40% de todos os funcionários da empresa.
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Embora esteja prestes a completar 82 anos, Helen não faz planos de se aposentar. “Vou levar meus passageiros para onde eles precisam ir até que minha empresa me diga que não posso mais, mas não vejo isso acontecendo tão cedo”, conta.