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Um artigo que só reforça o que estamos sempre denunciando aqui no 50emais: o preconceito de idade, preconceito contra pessoas mais velhas. A atriz Sarah Jessica Parker, 56, está sentindo na pele o drama das mulheres que começam a envelhecer. Ela encarnou o personagem principal da série Sex and the city(HBO) Carrie Bradshaw quando estava com pouco mais de 30 anos. E, agora, 17 anos depois do fim da série de sucesso, está atuando na continuação do seriado, mas vem sofrendo com o preconceito de muitos do seus fãs, que não aceitam o envelhecimento dela. E critiam seus cabelos grisalhos. Ela rebate, dizendo se fosse homem, ninguém se importaria com os cabelos brancos. E encerra a discussão, afirmando: “Eu sei qual é a minha aparência. E não tenho escolha. O que vou fazer a respeito — parar de envelhecer? Desaparecer?”
Leia o artigo publicado pelo site da BBC Brasil:
“O que vou fazer – parar de envelhecer? Desaparecer?”, perguntou a atriz americana Sarah Jessica Parker, de 56 anos, a respeito de críticas que tem recebido em torno de sua aparência.
Parker está de volta aos holofotes por conta do retorno de sua personagem mais famosa, Carrie Bradshaw, protagonista do seriado Sex and the City (1998-2004), que ganhou uma continuação de dez episódios chamada And Just Like That.
O produtor e roteirista de Sex and the City, Michael Patrick King, disse à revista Vogue americana que, ao anunciar a sequência da série, “houve muitas reações positivas, mas uma resposta maldosa online foi quando as pessoas começaram a compartilhar fotos das Golden Girls”, em referência ao seriado dos anos 1980 que mostrava quatro mulheres idosas que compartilhavam uma casa em Miami, e que no Brasil foi chamado de Supergatas.
“E eu pensei: ‘uau, então ou você tem 35 anos ou então você é uma aposentada, morando na Flórida. Há um capítulo faltando aí”, declarou King.
Na mesma entrevista, Sarah Jessica Parker disse que tem havido uma “conversa misógina” que, na opinião dela, “nunca aconteceria com um homem”.
Cabelo grisalho, cabelo grisalho, cabelo grisalho. ‘Ela tem cabelo grisalho?'”, disse a atriz, lembrando de quando foi fotografa ao lado do apresentador Andy Cohen em um restaurante em Nova York, em julho, e seu cabelo não estava tingido.
“Eu estava sentada com o Andy Cohen e ele tem uma grande cabeleira grisalha, e é lindo. Por que ele pode? Não sei o que dizer às pessoas! Especialmente nas redes sociais. Todo mundo tem uma opinião: ‘Ela tem rugas demais’, ‘ela não tem rugas o suficiente’. Quase dá a sensação de que as pessoas não querem que nós nos sintamos perfeitamente bem da forma como estamos. Como se quase sentissem prazer em nos ver sofrer pela forma como somos hoje, seja por escolher envelhecer naturalmente e não parecer perfeita, seja por escolher fazer algo (procedimento estético) para se sentir melhor”, disse a atriz à Vogue.
“Eu sei qual é a minha aparência. E não tenho escolha. O que vou fazer a respeito — parar de envelhecer? Desaparecer?
Veja o trailer de And Just Like That:
A atriz Cynthia Nixon, intérprete de Miranda em Sex and the City, disse que a intenção com a sequência foi justamente “não rejuvenescer” o seriado. “Não estamos incluindo (uma personagem do) tipo uma sobrinha de 21 anos”, contou.
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“Acho revolucionário fazer um seriado sobre mulheres de meia-idade, com seus corpos em processo de envelhecimento”, acrescentou à Vogue Samantha Irby, roteirista de And Just Like That
Kristin Davis, que interpreta a personagem Charlotte, disse que ouviu das pessoas: “por que elas Sex and the City deveriam voltar?”
“E me incomoda muito”, declarou Davis. “A vida das mulheres não é mais interessante agora? Ninguém questiona: ‘por que fazer esse remake (de um filme) violento várias vezes?’ Para mim, isso ilustra muito a nossa relutância em sentar e assistir à vida das mulheres se desenvolver ao longo do tempo.”
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Finalmente, a moda resolve adotar um jeito novo nas passarelas, sem medo da idade