50emais
A linda atriz Camila Pitanga nem chegou aos 50 anos e já sente a cobrança para que não envelheça, permaneça eternamente com aquele seu ar jovem.
Como tantas outras mulheres nessa faixa etária, a atriz começa a sentir o preconceito contra a idade. Com o passar do tempo, diz ela, “vem a opressão, a manutenção de um tipo de beleza e jovialidade que não é verdade.”
Nesta entrevista a Maria Fortuna, do videocast Conversa Vai Conversa Vem, de O Globo, Camila mostra que não se abala com as pressões: “Estou com 47 anos. Não escondo o tempo no meu rosto, ” diz.
E conta um pouco mais sobre si mesma: ” Faço terapia para botar minha cabeça no lugar, para malhar o espírito, para esculpir a minha alma.” Além disso, para manter a forma, “faço a minha bike, pedalo, nado no mar.”
Leia:
Camila Pitanga completou 47 anos, em junho, postando foto de biquíni durante uma viagem aos Lençóis Maranhenses. Muitos comentários nas redes sociais chamavam atenção para o seu “corpo de boneca, apesar da idade”. Diziam ainda: “O tempo não passa para Camila Pitanga”.
A atriz falou à repórter Maria Fortuna sobre a cobrança em cima das mulheres pela eterna juventude no “Conversa vai, conversa vem”, videocast do jornal O GLOBO.
— O tempo passa, sim. E vem a opressão, a manutenção de um tipo de beleza e jovialidade que não é verdade, que não vai acontecer porque a gente perece como planta, como bicho. E parecer não é necessariamente ruim. Se saímos do escopo de um tipo de beleza, de um padrão, vemos também que as fissuras, os vincos, tudo isso tem beleza, é história, cicatriz. E isso, também por causa do meu trabalho, eu não quero perder.
Camila curte viver de “cara lavada e pé no chão”:
— Gosto de ser quem eu sou e não quero performar algo além disso. Estou com 47 anos. Não escondo o tempo no meu rosto. Como diz meu pai (o ator Antonio Pitanga), que está com 85: “Rumo aos 100”. Faço a minha bike, pedalo, nado no mar.
Mas a atriz reconhece que não está “totalmente resolvida e isenta dessa escravidão, desse diálogo com os padrões”.
— Faço terapia para botar minha cabeça no lugar, para malhar o espírito, para esculpir a minha alma — diz. — Sou uma negra em movimento. Me penso em relação ao tempo, a essas armadilhas, aos estereótipos e estigmas que se tem de uma atriz latina.. Não quero ficar presa, mas você tem que ter um diálogo com isso.
Veja a entrevista completa:
Veja também: Defensora ferrenha do meio-ambiente, jornalista é uma das maiores do Brasil