Melanie Salvá 54 anos, carioca é uma sobrevivente do covid-19, a doença provocada pelo novo coronavírus. Por ser esportista, seguia com muito cuidado as orientações da Organização Mundial da Saúde. Mesmo assim, foi contaminada pelo vírus.
Depois de vários dias de sofrimento e profunda angústia – ” o pior dessa doença é o medo. Você não sabe o que vai ser de você. Se vai morrer sem ar” – ela começou a melhorar. Não teve problemas respiratórios, provavelmente porque pratica remo há vários anos e seus pulmões são fortes.
Leia o dramático relato de Melanie:
Eu adoeci no dia 25 de abril. Tive tosse seca, dor no corpo, muita fadiga, cabeça pesada e febre branda até o dia 30. Nesse dia, eu passei a enjoar, vomitar e perder as forças. Entrei em pânico. Fui salva por um anjo chamada Adriana Silva, acompanhante da minha mãe, que voltou de Nova Iguaçu, da sua quarentena, arriscando a vida pra cuidar de mim e da minha mãe.
Nos dias que se seguiram, eu sofri muita dor, náuseas horríveis. No inicio tomei paracetamol e dipirona intercalados. Com cinco dias, passeia enjoar e vomitar. Passei mais dois dias com febre baixa. Parei com os remédios e passei a tomar plasil. Tudo sob orientação médica.
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O pior dessa doença é o medo! A covid-19 é absolutamente imprevisível! Você começa a passar mal e não sabe o que vai ser de você! Se vai melhorar ou vai morrer sem ar.
No meu caso não tive problemas respiratórios. Mas a gente sofre muito durante a doença, não sabe se vai contaminar e causar essa dor aos seus!
Ontem, eu comecei a melhorar, mas só hoje passou o pânico. Só hoje acreditei que não ia piorar. Não pensem que não vai acontecer com vocês! Eu tomei todos os cuidados, mas todos os cuidados ainda não garantem!
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Cuide-se! Fique em casa! Morrer não é nada. Faz parte da vida, porém morrer sem ar, longe da familia é um destino muito triste! Seus amados não merecem esse dor!
Cuide–se por amor aos seus!
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