Como todo brasileiro, fiquei exultante quando, finalmente, chegou a minha vez de receber a primeira dose da vacina. Moro no Rio. Esta terça-feira(30) foi o dia reservado para imunizar quem está com 70 anos. Levantei-me cedo, me arrumei e fui para o Planetarium, o local mais próximo, na Gávea, onde está sendo feita a vacinação. Cheguei bem antes das 8h, horário previsto para o início. E me impressionei com a organização impecável.Havia umas 30 pessoas na minha frente. Mas, assim que a fila começou a andar, às 8h em ponto, não durou 15 minutos e eu já estava vacinada com a Coronavac, um dos dois imunizantes que estão sendo aplicados no Brasil. O outro é o da Oxford-Astra/Zeneca.
Tomaria qualquer uma das duas. Assim como outros quatro irmãos(todos com mais de 70), felizmente, já imunizados, não tenho preconceito em relação a vacinas. No caso da Coronavac, fabricada pelo Butantan, de São Paulo, em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac, o espaço entre uma e outra dose deve ser de quatro semanas. Assim, está marcado no meu cartão de vacinação, estarei de volta no próximo dia 27 de abril, para a dose final. Mas a imunização só se completará duas semanas após a segunda dose. Esse é o tempo que o organismo humano precisa para criar os anticorpos que vão protegê-lo do vírus.
Fiquei mais tranquila quando li que, segundo o Butantan, a Coronavac, no centro de tanta polêmica, é eficaz também contra as três variantes do novo coronavírus já circulando no Brasil: a britânica (B.1.1.7), a sul-africana (B.1.351) e a brasileira (B.1.1.28), da qual são derivadas as chamadas P.1 (de Manaus) e a P.2 (do Rio de Janeiro).
O mais importante, no entanto, é ter consciência de que eu, mesmo já tendo recebido a primeira dose, preciso continuar com todos os cuidados que venho observando até agora: usar máscara, lavar as mãos sempre com água e sabão, álcool gel, quando necessário, e, importantíssimo, manter distância das outras pessoas. A imunização completa só virá, para mim, em meados de maio. Mas que alívio!