Ana Maria Cavalcanti
50emais
Este fim de semana fui ver “ Elvis “ e saí encantada. O filme conta a história de Elvis Presley, o rei do rock´n roll, o cantor que mais vendeu discos no mundo, um dos maiores ícones culturais do século 20. Uma longa história que vai desde a infância dele até sua morte aos 42 anos, em 1977.
O que mais me chamou a atenção no filme foi a vida de Elvis na época em que ele era uma criança, vivendo em um bairro negro dos Estados Unidos. Ai cresceu vendo como os negros cantavam e dançavam. Ele adorava tudo aquilo.
O que o filme mostra claramente é que essa convivência com os negros foi a grande influência em sua carreira de cantor.
Veja ele se contorcendo:
Escândalo
Ainda adolescente começou a cantar rock n´roll com o violão atravessado no peito; soltava o vozeirão e requebrava como nenhum branco havia ousado até então. Foi um escândalo.
A sociedade branca norte americana condenou duramente, através dos meios de comunicação, a maneira de dançar daquele jovem, que fazia sucesso cada vez maior com sua música e seu requebrado. Como um branco canta e requebra como os negros?
Outra parte do filme que adorei é a que mostra nos mínimos detalhes a reação da platéia – composta majoritariamente de mulheres – às apresentações de Elvis. Era puro delírio.
Os shows eram sexualmente provocantes. quer cantasse rock, gospel, blues ou baladas. As fans gritavam, choravam, beijavam o cantor na boca, quando conseguiam burlar a vigilância; jogavam as calcinhas no palco. Resumindo: enlouqueciam.
Tom Hanks
O filme nos dá uma informação que me surpreendeu: Elvis Presley, fez uma transmissão, via satélite, de um show para o mundo todo com uma audiência de mais de um bilhão de espectadores! Isso em 1973. Superou até a audiência da chegada do homem a lua.
Outra informação que o filme nos dá sobre a vida do cantor: as brigas que teve com seu empresário, o controvertido coronel Tom Parker, quase sempre por causa de dinheiro. Tom Hanks faz, brilhantemente, o papel de Parker.
O ator que vive o papel de Elvis é Austin Butler que eu nunca tinha ouvido falar, embora tenha participado de muitos trabalhos no cinema e TV, nos Estados Unidos. A direção é de Baz Lurhmann.
Veja o trailer:
“Elvis” é um sucesso de bilheteria. Já faturou mais 260 milhoes de dólares no mundo todo, ultrapassando três vezes mais o custo do filme.
No escurinho do cinema, não pude deixar de lembrar que, no final dos anos 50, eu era uma adolescente que amava dançar rock cantado por Elvis Presley, Tutti Frutti me incendiava. E as baladas românticas para se dançar de rosto colado, como a linda Unchainded Melody.?
O filme trouxe de volta momentos inesquecíveis de minha juventude. Vale muito a pena assistir.
Veja Elvis cantando Unchainded Melody, em junho de 1977, menos de dois meses antes de ser encontrado morto no banheiro de sua mansão, em Graceland, Menphis, estado do Tennessee, nos Estados Unidos.
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