50emais
Este é um assunto que será atual ainda por um bom tempo: a relação do mercado de trabalho, das empresas, com seus funcionários que passaram dos 60 anos.
A questão é que a população está envelhecendo e, claro, isso se reflete na mão de obra. Então, mais e mais o profissional maduro estará presente no quadro de funcionários.
Neste artigo, Mariza Tavares, do blog Longevidade: Modo de Usar, de O Globo, enumera as vantagens de se empregar pessoas nessa faixa etária.
Leia:
The Encore Network, organização que atua em 12 países, acaba de lançar um guia para as empresas que querem valorizar o trabalhador maduro e aqui listo cinco motivos pelos quais os 50 mais são um ótimo negócio para os empregadores:
1. Habilidades consolidadas: graças à sua experiência, boa parte dos trabalhadores mais velhos está pronta para assumir tarefas com um mínimo de treinamento. A maioria possui atributos altamente valorizados pelo mercado: pensamento crítico, capacidade de autogestão e para resolver problemas, resiliência, liderança e traquejo social.
2. Memória institucional e capacidade de mentoria: a retenção de profissionais experientes preserva a cultura organizacional e uma valiosa rede de conexões e contatos para alimentar e expandir os negócios. Funcionários maduros também podem ser aproveitados como mentores e se beneficiar da mentoria reversa, aprendendo com os mais jovens.
3. Mão de obra estável: esses são empregados que tendem a se engajar e a se comprometer mais. Pesquisa indica que incrementar em 10% o contingente sênior reduz a rotatividade em 4%.
4. Desempenho e produtividade: 87% dos empregadores afirmam que os trabalhadores maduros apresentam um desempenho tão bom ou melhor que o dos jovens. A convivência intergeracional tem se mostrado efetiva para a produtividade das empresas.
5. Conexão com o mercado: a mão de obra sênior pode ajudar os negócios a responder às demandas do mercado da longevidade. Estimativas apontam que aproveitar esse contingente tem o potencial de aumentar a renda per capita dos países em 19% nas próximas três décadas. A contribuição econômica da população 50 mais vai triplicar até 2050.
Para completar, seguem providências básicas para combater o preconceito no recrutamento e na retenção de talentos:
– Mapeamento para identificar áreas e procedimentos que podem embutir preconceito contra os mais velhos. Idade deve constar do plano de diversidade e inclusão da empresa.
– Expressões como “nativo digital” (que se refere aos nascidos depois de 1980), “formado recentemente”, “em início de carreira”, “cheio de energia” são discriminatórias e não devem constar do processo de recrutamento.
– aos empregados ao longo de todos os estágios de sua vida profissional, o que inclui treinamento, que não deve ficar restrito aos jovens. Isso é particularmente relevante no que se refere à tecnologia.
– Conscientização dos funcionários sobre o preconceito contra os mais velhos.
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Reflexão sobre etarismo no mercado de trabalho