Maya Santana, 50emais
Sempre publico aqui no 50emais histórias de mulheres que passaram dos 50 anos e estão fazendo sucesso nas passarelas. Hoje, decidi contar o caso de um homem que, aos 53 anos, conhecido pelo corpo perfeito, bomba no mundo da moda masculina: o brasileiro Jorge Gelati, casado, pai de dois filhos, vive na Suécia e já trabalhou para grifes famosas, como Givenchy e Dolce & Gabbana. O segredo do corpo bonito, que chama a atenção: ginástica e moderação, conta ele neste artigo de Gilberto Júnior para O Globo.
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Horas antes da nossa conversa, o supermodelo catarinense Jorge Gelati já tinha dado suas pedaladas pelas ruas do bairro onde mora na Suécia com a mulher e seus dois filhos. Ele diz que não consegue ficar parado, está sempre em movimento.
— Também nado, faço minha ginástica e faxina em casa; só parei de correr porque estou com um probleminha nos joelhos — diz Gelati, de 53 anos (30 na indústria da moda). — Mas não estou com esse físico todo que o Cauã (Reymond, o ator) andou falando em meu Instagram.
Vamos recapitular a história. Dias atrás, Cauã deixou um recado peculiar numa foto em que Gelati aparece sem camisa, feita durante férias recente na Croácia. Para o astro, o top é “monstro”.
— Na verdade, meu corpo é resultado de um conjunto de fatores: genética, moderação e exercícios. Mas não passo vontade. Uma noite dessas, fiz um hambúrguer bem suculento para comer com a família. Bebo meu vinho, minha cerveja — conta. — Apenas não exagero. Afinal, o corpo é meu material de trabalho, certo?
Há três décadas circulando pela indústria, Gelati começa a preparar seu próximo ato. Ele não pensa em abandonar as passarelas, mas abriu um estúdio fotográfico pertinho de casa.
— Modelo não tem uma aposentadoria como outros profissionais. Ou investimos o que ganhamos ou partimos para uma carreira diferente. Fotografia sempre foi uma paixão. As coisas estão andando devagar, mas não espero alcançar o mesmo sucesso que tive diante câmera. Essa atividade também ocupa o meu tempo. Quando não estou trabalhando em Paris, por exemplo, fico com a agenda bem livre — comenta.
Por causa do estúdio, Gelati viu sua popularidade dar um salto entre os vizinhos suecos. Foi a partir de reportagens nos jornais locais que eles tomaram conhecimento que moravam ao lado de um supermodelo, com campanhas para as grifes Givenchy e Dolce & Gabbana no currículo.
— Mas este universo nunca significou glamour para mim, sempre o enxerguei como meu ganha pão. Minha intenção era ficar três anos e voltar a morar no Brasil. Mas conheci minha mulher, tivemos filhos e acabei ficando. Quero retornar algum dia, quando as crianças estiverem encaminhadas na vida. Mesmo sabendo de todos os problemas, sinto falta das praias, dos amigos… Guardo imagens maravilhosas na memória. Quem sabe não surge um convite para desfilar na São Paulo Fashion Week, como no ano passado? Estou aberto.