Vânia Nacaxe
50emais
Há poucos dias, recebi propaganda de uma empresa aérea oferecendo stopover de 10 dias em Portugal, podendo até escolher as cidades. Como nossa temática tem sido “economizar para gastar”, segue aqui algumas dicas e, de brinde, um roteiro que fiz.
Primeiro vamos entender o que é esta palavrinha ´stopover’?
O stopover é uma expressão utilizada pelas companhias aéreas e agências de turismo para designar uma conexão voluntária na qual você pode passar um tempo em uma cidade da sua conexão (as conexões nunca mais serão mais odiadas!).
Ou seja, você usa as conexões a seu favor e conhece mais lugares, com economia! Claro que devem ser viagens planejadas, com tempo adequado para fazer estas paradas.
A primeira vez que vivi de perto esta experiência foi assim:
Comecei comprando a passagem de ida para Lisboa, com stopover da TAP em Barcelona e volta também da TAP em Veneza.
Ótimo roteiro:
Como sempre falo em planejamento, eu imprimi o mapa em várias folhas A4, coloquei o ponto de ida/volta e assim consegui marcar os principais lugares que gostaria de visitar sem dar muitas voltas:
São Paulo/Portugal (Lisboa)
Lisboa/Sintra/Cascais
Barcelona – Hostel: San Jordy Rock Place (recomendo)
Paris – Hostel: Generator (basicão)
Bruxelas – Hostel: LaTroupe Grand Place (recomendo)
Amsterdã – Hostel: Via Amsterdã (distante do centro, mas bem limpinho)
Heidelberg – Hostel: Lotte the Backpackers (recomendo)
Zurique/Interlaken/Lucena/Grindewald/Lauterbrunnen/Lugano
Milão – Hostel: QUO Hostel (recomendo)
Gênova (Cinqueterre) – Hostel: Ostello Bello (recomendo demais)
Roma – Hostel: Free Hostels (simples) – Yellow Square (recomendo)
Veneza – Hostel: Anda Venice (recomendo)
Na maioria dos locais eu fiquei hospedada em hostel, exceto na Suíça e em Portugal. Fiquei em hotel três estrelas.
Para as finanças recomendo:
Usei o cartão da WISE (PERFEITO), apenas em 2 cidades que ele não passou, mas eu consegui sacar dinheiro e passar cartão de crédito (não recomendo, o IOF leva toda economia).
Tive alguns gastos fora da programação, por causa do chip do telefone. Gastei mais ou menos um total de quatro chips da Vodafone (120 euros, cotado no momento em torno de 5,60 reais). Tente usar o máximo as redes gratuitas.
Minha viagem se resumiu em caminhar bastante, comer, beber, conhecer lugares, culturas e pessoas. Eram cerca de 20 mil passos por dia. Escolhia algumas refeições para fazer em bons restaurantes, que eu queria conhecer, e outras comendo algo no mercado ou besteiras pela rua (por exemplo, McDonald’s de 2 ‘eurinhos’).
Antes da viagem, deixei pago todas as hospedagens e as passagens entre os trechos, de avião, ônibus ou trem. Então, eu precisava só me preocupar com os deslocamentos. Utilizei o Omio, Flixbus, Trenitalia, SBB Mobile, Rome2Rio e, o meu querido Google Maps.
Dica: em Barcelona, se o clima estiver favorável, vá assistir de dentro de um Catamarã, ao som de um Jazz ao vivo, o maravilhoso pôr do sol.
Nessa viagem, como sempre, estabeleci uma média diária de alimentação, transporte, passeios e outros. Assim, consegui manter bem a média, luxando em uns dias e sofrendo em outros.
Viajar sozinha é só uma expressão, porque nunca se está sozinha(o).
Importante é realmente desfrutar de cada viagem. Conhecer muitas pessoas, culturas, hábitos, paisagens, e tirar de letra até os pequenos contratempos que aparecem.
Facilite a sua vida
Planeje, economize, viaje com tudo prontinho, roteiros, horários… Comece a viajar antes de entrar no carro, no avião, no ônibus. Vai facilitar. Lembre-se: a ideia é economizar para viajar.
Pessoas com mais de 50 anos? Ah! Tem muitas e muitas cinquentonas, sessentonas, setentonas… se aventurando e se permitindo viver até a última gota, sem achismos, modismos, adotando, definitivamente, uma nova cultura e perfil de turista. Aliás, o número de viajantes com mais de 50 anos só cresce.
Vamos?
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