50emais
Um assunto da maior importância. Não só por nos dar uma dica maravilhosa sobre a música, mas porque o artigo foi escrito por um dos mais respeitados cardiologistas do Brasil, Dr. Roberto Kalil.
“A música ajuda a tratar condições que, indiretamente, afetam a saúde do coração. É o caso da ansiedade e da depressão”, diz ele.
Num momento conturbado como vivemos agora, com tanta violência e motivos de preocupação, precisamos ouvir música, deixar que a melodia nos envolva, nos tome por inteiro.
É o que a gente deduz desse artigo do Dr. Roberto Kalil.
Leia:
Dizem que a boa música toca o coração. A julgar por descobertas científicas recentes, esse clichê tem um sentido bem mais literal do que imaginávamos, pois vários estudos indicam que ouvir música traz benefícios concretos para a saúde cardiovascular.
É razoavelmente conhecida a correlação entre música e saúde mental. O som favorece a liberação de substâncias associadas ao prazer e ao relaxamento, além de fazer bem às nossas faculdades cognitivas. Quem nunca ouviu falar nos supostos benefícios de ouvir música clássica durante a gestação, para estimular o desenvolvimento intelectual do bebê?
Há até um nome para isso: o “efeito Mozart”. O termo foi cunhado em 1993, após a publicação de um estudo na revista Nature que constatou os benefícios de expor estudantes a dez minutos diários de sonatas do compositor austríaco. Hoje sabemos que o “efeito Mozart” se aplica, na verdade, a qualquer música que nos agrada. Do samba ao heavy metal, do pop ao jazz, qualquer estilo tem o potencial de estimular a liberação de dopamina, hormônio associado, dentre outras coisas, ao bom humor e à sensação de prazer. Basta que gostemos da música.
O mais interessante, porém, é o fato de que uma lógica similar se aplica à saúde do coração. O processamento sonoro tem participação de áreas do tronco cerebral que também atuam na regulação de diversos processos cerebrais, entre eles o controle da frequência cardíaca e da pressão arterial.
Nosso corpo parece ter a capacidade de sincronizar os batimentos cardíacos com o ritmo que ouvimos. Assim, músicas com o andamento mais lento ajudam a reduzir nossa frequência cardíaca. Músicas mais agitadas têm o efeito contrário. Em ambos os casos, a presença de um ritmo externo bem demarcado aumenta a regularidade do ritmo cardíaco.