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Um artigo publicado pelo Globo explicando que morte de causas naturais é, basicamente, aquela morte que já é esperada, devido às más condições de saúde da pessoa.
No caso de Tina Turner, que morreu em 24 de maio, na Suiça, onde morava com o marido, faz todo sentido. A cantora teve uma série de doenças graves nos últimos anos, chegando a fazer um transplante de rim.
Ela sofreu um AVC, um câncer de intestino, tinha hipertensão arterial (pressão alta) e insuficiência renal. Chegou a dizer que era culpada pela situação em que se encontrava, por não ter dado a necessária atenção à própria saúde.
Tina também sofreu reveses familiares: perdeu dois filhos. Um deles de maneira trágica, porque suicidou.
A rainha do rock and roll morreu em casa, segundo a nota divulgada, depois de longa enfermidade.
Leia o artigo de O Globo:
Ao jornal britânico DailyMail, representantes da cantora Tina Turner, que morreu nesta quarta-feira, aos 83 anos, confirmaram que o falecimento foi devido a causas naturais. Segundo comunicado em que divulgaram o óbito, a artista “morreu pacificamente após uma longa doença em sua casa em Kusnacht, perto de Zurique, na Suíça”.
É comum ouvir que alguém em idades mais avançadas morreu devido a “causas naturais”. Foi o caso da rainha Elizabeth II, que faleceu em setembro do ano passado aos 96 anos. Mas afinal, o que de fato caracteriza um óbito chamado de “natural”, já que a velhice, por si só, não leva à morte?
Em resumo, o termo é utilizado para uma morte que era esperada devido a doenças em pessoas mais velhas, sem que tenha ocorrido a influência de um fator externo. É o que explica a professora de Filosofia e Teoria Geral do Direito da Universidade de São Paulo (USP), Maria Celeste dos Santos, no artigo “Conceito médico-forense de morte”.
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Ela escreve que as causas naturais são “consequência de um processo esperado e previsível”. “Por exemplo, nos casos de envelhecimento natural, com esgotamento progressivo das funções orgânicas.
Tina Turner sofria com estresse pós-traumático, já havia passado por um derrame, descobriu um câncer de intestino em 2016, tinha hipertensão arterial e insuficiência renal, que a fez precisar de um transplante de rim.
Por outro lado, a morte não é considerada natural quando a pessoa morre por uma intervenção ativa, como devido a acidentes, uso de drogas, suicídio, homicídio e outras causas violentas, doenças agressivas, especialmente em idades mais jovens.
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