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Nunca como agora foram tantos os golpes aplicados em pessoas mais velhas, gente que já passou dos 60 anos. E é fácil saber por quê. As pessoas dessa faixa etária, de uma maneira geral, têm pouco conhecimento de tecnologia. Tornando-se, portanto, presa fácil de mal intencionados. O especialista ouvido no artigo abaixo, publicado no site bemviverdocoracao.com, acredita que a segurança dos idosos na internet deveria ser repensada, uma vez que esse é um problema que vem se agravando, com golpes cada vez mais sofisticados. E O roubo de dados, alerta ele, pode ter impacto direto no recebimento dos benefícios do INSS.
Leia:
A partir deste mês, os aposentados e pensionistas não precisam mais fazer a prova de vida presencialmente nos bancos onde recebem o benefício. Com a nova portaria, assinada pela Presidência da República, a prova de vida poderá ser feita pelo cruzamento de dados dos Governos Federal, Estaduais e Municipais, além de instituições privadas. A medida facilitará principalmente os beneficiários com problemas de locomoção, e é um avanço para a garantia de continuar a receber o benefício frente as medidas de prevenção do Coronavírus.
A medida beneficiará todos os aposentados e pensionistas. No entanto, este público é um dos alvos mais crescentes dos criminosos cibernéticos. Segundo o INSS, o Brasil tem cerca de 36 milhões de aposentados e pensionistas, aproximadamente cinco milhões deles com mais de 80 anos. Por isso, é extremamente importante seguir com as recomendações para evitar ataques de invasão a aparelhos com dados pessoais e acesso à internet, como celulares, tablets, computadores e outros dispositivos.
Luli Rosenberg é formado em Combate a Crimes digitais e Perícia Forense Digital pelo IFCI (EUA), também é membro de fóruns internacionais de hackers éticos e palestrante de cibersegurança ofensiva e defensiva. O especialista recomenda que seja repensada a segurança de idosos nos dias atuais, principalmente por conta do impacto que isso pode trazer para o recebimento dos benefícios do INsS. Algumas das principais orientações são:
Exposição de dados
É bastante comum pessoas deixarem senhas e informações pessoais com o computador aberto, assim como as câmeras de diversos dispositivos ficam cada vez mais tempo ativadas e selfies se proliferam nas redes sociais. “É justamente a busca por informações sensíveis, muitas vezes expostas desnecessariamente e por descuido, a primeira arma que o hacker tem. Dessa forma, ele pode não só encontrar dados confidenciais, como descobrir redes de relacionamento pessoal e profissional para enviar, por exemplo, um e-mail se passando por outra pessoa para infectar, roubar informações pessoais e controlar um computador”, alerta o especialista da CySource.
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Aprimorar conhecimento sobre Segurança:
Apesar de já ser comum em alguns países, no Brasil ainda não vimos grandes campanhas de conscientização sobre cibersegurança para mostrar como acontecem os crimes virtuais. Com a falta de conhecimento, alguns ataques bastante populares como o phising, golpe que engana as vítimas com sites e aplicativos falsos, crescem cada vez mais. As tentativas nessa modalidade podem chegar por diversos meios, como SMS, e-mail, aplicativos de mensagens e falsas atualizações. Basta que a vítima clique em um link malicioso ou digite informações em uma página falsa para que o hacker consiga controlar a sua máquina.
“Para evitar esse ataque, é fundamental analisar com atenção se a mensagem era esperada pelo remetente e se estava no prazo previsto. No caso de dúvidas, deve-se entrar em contato diretamente com o responsável pelo envio por meio de um outro canal de comunicação para confirmar a sua veracidade” recomenda Rosenberg.
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Realizar as atualizações nos dispositivos:
A maioria das pessoas não gosta de parar e esperar para fazer atualizações. Contudo, não atualizar softwares e smartphones facilita o caminho de possíveis invasores, já que as novas versões apresentam correções e melhorias relacionadas principalmente a segurança.
Com bastante frequência um programa ou sistema operacional é lançado e, depois disso, são descobertas falhas de vulnerabilidades para possíveis ataques. De acordo com o especialista da CySource, as atualizações têm a finalidade justamente de corrigir esses problemas. “Quando não se realiza atualizações de segurança nos sistemas, pode-se manter no seu ambiente vulnerabilidades já conhecidas e que podem ser exploradas mais facilmente por hackers mal-intencionados”, alerta.
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