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Eu conheci Silvia Popovic pouco antes do início da pandemia, em um evento, em São Paulo, no qual ela era uma das palestrantes. Já estava irreconhecivelmente mais magra e, me pareceu, muito em harmonia consigo mesma, porque esbanjava autoconfiança e charme. Dá para ver que a ex-apresentadora de TV tem uma força de vontade férrea Foi com essa ferramenta que revolucionou sua vida. “Sinto que tirei um edredom de cima de mim”, diz ela nesta entrevista a Sílvia Ruiz, do blog Ageless, do Uol, referindo-se ao fato de estar se sentindo leve e lépida nessa sua nova versão.
Leia a ótima entrevista:
Transformação radical do corpo aos 63 anos. Reinvenção profissional e sucesso na internet aos 66 _ depois de ser afastada da TV em plena pandemia. Silvia Poppovic é um dos maiores exemplos do quanto os sessenta anos estão sendo ressignificados. Eu venho falando muito de mulheres inspiradoras 50+ como ela aqui e no meu perfil no Instagram (me siga lá também @silviaruizmanga) porque sei que muitas de nós ainda acreditamos que depois de uma certa idade “estamos velhas” para realizar certas coisas. Pois a Silvia está aqui para dizer que os 60 podem ser o começo de muita coisa. Nesta semana, batemos um papo muito revelador sobre isso: Cinquenta quilos a menos.
“Minha vida ganhou outra perspectiva depois desse processo de emagrecimento. Sinto que tirei um edredom de cima de mim”, diz a jornalista e apresentadora, que emagreceu 50 quilos desde 2017, quando se submeteu a uma cirurgia bariátrica. Mas por que somente aos 63 anos? “Não me incomodava tanto, eu sempre olhei o lado positivo de tudo, sempre fui muito ativa. Só que de repente percebi que estava sentindo dores, no joelho, nas costas, ficava muito cansada. Entendi que, com aquele peso, não poderia ter uma velhice como eu gostaria, indo viajar, fazendo as coisas que eu gosto. Eu não quero só ‘sobreviver’, quero viver bem.”
Casada com um médico endocrinologista Marcello Bronstein, procurou um especialista e encarou a cirurgia. “Hoje minha vida é outra. Faço exercícios frequentes, musculação, caminho dez quilômetros aos finais de semana com meu marido, faço inclusive exercícios para o equilíbrio. Meu projeto é chegar aos 90 muito bem. Estou cuidando muito da minha saúde.”
Ela conta que não sofreu muito os efeitos da menopausa na virada dos 50 já que fez reposição hormonal até pouco tempo atrás. “Tive um pouco de insônia, mas consegui resolver com ajuda do médico. Não foi uma fase difícil e depois dos 60 tudo se ajustou.”
Reinvenção nas redes sociais
No início de 2020, Silvia foi surpreendida com uma demissão do programa que apresentava na Band de casa por conta da pandemia. O que ela não imaginava é que esse seria o pontapé para uma nova perspectiva profissional. “Eu tinha uma certa resistência para redes sociais, mas ao sair da TV as pessoas continuaram me acompanhando nas redes. E aí eu percebi que esse era um caminho para minha independência”, diz ela. “Eu tive que aprender tudo, me atualizar. Na TV eu tinha uma estrutura, maquiador, luz. Agora sou eu e meu ring light, sozinha produzindo filmes para o reels, conteúdo, dá muito mais trabalho, mas é também muito recompensador ter o retorno ali das pessoas. E o mais interessante é que ganhei um público novo, jovem, além daquele que já me acompanha há 40 anos.” E o sucesso não é pouco. Vídeos como este aqui somam mais de 3 mil comentários, um número alto até para quem tem milhares de seguidores.
Moda e beleza Silvia revelou no Instagram um lado que pouca gente conhecia. Seu gosto pela moda. “Eu brinco que antes as roupas me escolhiam, agora eu escolho as roupas, porque antes não havia muitas opções para o corpo que eu tinha.” Ela dá dicas de looks, mostra seus acessórios e esbanja vídeos e fotos diferentes a cada dia no perfil. “No começo eu tive até uma certa patrulha de amigos que falavam: ‘Ah, mas vai ficar mostrando roupas?’. Mas eu não acho isso futilidade. A roupa é uma maneira de mostrar como me sinto, de me expressar. Tem uma história emocional nisso, é rejuvenescedor. Acho que a moda é algo para a gente explorar ainda mais quando fica mais velha. Me vestir me coloca num certo astral.”
Silvia também diz que os 60 trouxeram a necessidade de um cuidado maior com a pele. “Muda muito, fica fina, procuro cuidar mais, mas sem exageros.” Ela conta que fez um lifting facial já que, com o emagrecimento, o rosto perdeu muito volume, mas no dia a dia não faz muitos procedimentos. “Botox eu fiz duas vezes na vida, sou meio preguiçosa para essas coisas. Mas no final acho que beleza vem do nosso entusiasmo pela vida.”
Plena aos 60 “Eu estou me preparando para viver bem, temos aí Jane Fonda como uma inspiração de mulher bonita e ativa aos 80. Penso muito em como ser uma mulher inteira, atuante. O mercado afasta essas mulheres dessa idade que na verdade têm experiência, vivencia e hoje podemos ser o que quisermos, nos vestir como quiser, ser sexy, ser moderna. Não dá para se limitar. É claro que tem coisas que a gente sabe que não dá muito para fazer mais. Eu, por exemplo, gosto muito de esquiar, mas hoje já tomo cuidado porque não posso me machucar e ter que ficar seis meses de repouso. Não vale o risco, mas tem tantas outras coisas boas que me dão prazer. A gente tem que achar esse espaço na vida.”
É inspiração que fala, né?
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