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Nelson Motta, jornalista e compositor, foi um dos assuntos de destaque desta semana, por causa do texto bonito que publicou em seu perfil no instagram, sobre como, depois de cinco anos, pode “aposentar” a bengala que vinha usando.
“Vivi cinco anos caminhando com uma bengala elegantíssima que foi de meu pai, que não precisava dela, usava só por charme. E para mim foi companheira inseparável que me ajudava a caminhar e amenizava meu medo de cair e me machucar,” contou ele.
E o que ajudou o jornalista a ganhar mais autonomia? Foram os exercícios. “Nunca pisei numa academia, mas passei até a gostar de fazer em casa exercícios pesados, de olhos fechados, viajando no movimento dos músculos e no beneficio que traziam.”
Além disso, Nelson revela que outro motivo para celebrar a vida já perto dos 80: “Um novo amor intenso e apaixonado e correspondido, com grandes benefícios para a autoestima.”
Leia o que ele escreveu:
“Bom dia amigos e simpatizantes. Quero compartilhar com vocês algo extraordinário, que pode inspirar ou esperançar muita gente, corôas e corôas especialmente.
No inicio de 2017 tive sérias complicações na medula que me deixaram paraplégico por três meses e, graças ao dr. Paulinho Niemeyer, pude escapar da cadeira de rodas e aprender a andar novamente com os músculos derretidos.
Com dores atrozes e sequelas. Vivi cinco anos caminhando com uma bengala elegantíssima que foi de meu pai, que não precisava dela, usava só por charme. E para mim foi companheira inseparável que me ajudava a caminhar e amenizava meu medo de cair e me machucar.
E caí algumas vezes, me machuquei, literal e metaforicamente, e a partir de julho passado, em Lisboa, comecei a morrer, para renascer em janeiro, renovado e liberto de dores e pesos passados, no Rio de Janeiro, de frente para o mar e o sol do Leme.
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Meu aniversário, no fim de outubro, marcou o fim de um ciclo e o inicio de outro. O problema é que minha cabeça estava ótima, nunca esteve tão boa, mas o corpo estava deixando a desejar, literalmente, aos 77 anos.
Como dizia um velho poema marginal carioca, “está se sentindo deprimido, reprimido, suprimido ? Tome uma atitude, pura ou com gelo atende o seu apelo.”
Tomei. Perdi oito quilos, ganhei massa muscular, força e equilibrio para caminhar, esperanças de ganhar mais mobilidade e recuperar a autoconfiança. Autoestima. Autoajuda.
Nunca pisei numa academia, mas passei até a gostar de fazer em casa exercícios pesados, de olhos fechados, viajando no movimento dos músculos e no beneficio que traziam.
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A caminhar no calçadão exercitando as pernas e pegando um bronze, que dá um look saudável. No Carnaval, outra virada emocionante do destino: um novo amor intenso e apaixonado e correspondido, com grandes benefícios para a autoestima e estimulo para melhorar e aproveitar mais cada dia.
O meu emocional comanda tudo.
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