Neste artigo do site do Instituto de Longevidade Mongeral Aegon há uma lista de pontos que toda pessoa precisa seguir, se quiser ter um envelhecimento saudável. Todos nós sabemos quais são. Mas é bom lembrar. Entre os mais importantes está a alimentação, fundamental para o bom funcionamento do organismo e para manter longe as doenças. Outro de enorme relevância no caminho do envelhecimento é manter o corpo e a mente ativos. É a combinação deles que vai nos proporcionar a longevidade que buscamos, mais tranquila, com a saúde do coração em dia e o bom funcionamento do nosso corpo de forma geral. A grande questão é essa: não adianta viver mais, se não há qualidade de vida.
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Envelhecer. Segundo definição do dicionário: tornar (-se) velho ou mais velho. Mas o que é envelhecer para você? E quando pensamos no tempo que ainda temos pela frente, o que você espera dos seus próximos anos de vida? Para quem tem 20 anos, acrescentar mais 20 na idade pode não parecer nada. Já para aqueles que estão na faixa dos 60 ou 70 anos, cada década a mais pode ser bem importante.
O envelhecimento é um processo dinâmico e progressivo, que em alguns aspectos podemos minimizar ou retardar, mas não temos controle. Conforme envelhecemos, vamos atingindo outras etapas de nossas vidas, marcadas por mudanças físicas e psicológicas, alterações inclusive que podem dar origem a algumas doenças. As transformações que acompanham a idade não acontecem apenas com aquilo que podemos ver, como a flacidez, rugas e mudanças nos cabelos, mas também na perda de resistência, alterações na coordenação e no funcionamento dos órgãos e metabolismo do corpo.
E quando pensamos em longevidade, o plano – creio que para todos nós – é chegar aos 70, 80, 90 anos ativos, com saúde e da melhor forma possível. Como então tornar isso realidade? É preciso compreender os desafios que serão enfrentados com os anos e ter consciência das medidas preventivas que podem nos conduzir no caminho de um envelhecimento saudável.
Cuidados por idade
Aos 20 anos, a grande expectativa está, em geral, voltada para a formação profissional e a colocação no mercado de trabalho. Exercícios e a prática de esportes são frequentes nesta faixa etária, porém valorizam mais o aspecto físico e visual do que necessariamente a saúde. Hoje, já há desde esta fase uma preocupação com a qualidade de vida. No entanto, o envelhecimento e as alterações que podem ocorrer com o passar dos anos ainda não são considerados.
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Normalmente é por volta dos 40 anos de idade que preocupações com os próximos 10 ou 20 anos se iniciam de forma mais intensa, seja com a saúde, trabalho, condições financeiras, família ou os primeiros sinais de mudanças no corpo e na mente. Para as mulheres, é a partir dessa década que começam as alterações físicas mais significativas com o início da menopausa e as modificações hormonais – com risco de neoplasias e da doença cardiovascular naquelas com fatores de risco, como tabagismo, dislipidemia (níveis elevados de gorduras no sangue) e hipertensão arterial.
Aos 60 anos as mudanças causadas pelo envelhecimento já são claras e evidentes, com alterações faciais e, principalmente, a sarcopenia (diminuição da massa muscular). Há também um aumento nas chances de acidentes domésticos e a preocupação com possibilidade de doenças degenerativas e neoplásicas, além da doença arterial coronária. É o momento de encarar o envelhecimento com mais rigor e tomar atitudes para minimizá-lo.
Vale para a vida toda
O fato é que não adianta apenas conquistarmos anos extras, algo que conseguimos com o avanço da tecnologia e da medicina. O que precisamos ter em mente é a qualidade com que eles poderão ser aproveitados. Por isso, seja aos 20, 40, 60 anos ou mais, alguns pontos merecem atenção sempre, em qualquer fase da vida. São eles que, juntos, vão nos proporcionar a conquista de uma longevidade saudável, ativa e mais tranquila, com a saúde do coração em dia e o bom funcionamento do nosso corpo de forma geral.
1. Cuidar da alimentação
O que nem todos têm em mente é que nossa rotina e hábitos, desde a infância, dizem muito sobre o tipo de idoso que seremos. E neste sentido, entre os mais impactantes está a alimentação. O que colocamos no prato ao longo de toda a nossa vida influencia na forma como chegaremos à velhice. A comida interfere, por exemplo, na formação das massas óssea e muscular, além de estar diretamente relacionada com o surgimento e a prevenção de problemas como obesidade, colesterol, hipertensão e diabetes.
Por isso, mais do que enfatizar a importância de uma alimentação balanceada e rica em vitaminas, é preciso pontuar a necessidade da regularidade das refeições, em comer devagar e prestar atenção naquilo que é ingerido e evitar excessos – o “parar antes de ficar cheio”. No que diz respeito a um coração mais saudável, atenção ainda a quantidade de sal na comida, ao consumo de gorduras saturadas e trans, açúcares simples, alimentos industrializados e processados, além da hidratação. Lembrando: um prato de comida deve ser o mais colorido possível, trazendo frutas, verduras, legumes, cereais e grãos integrais, carnes magras e derivados de leite.
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2. Manter uma vida social ativa
A depressão é uma das doenças mais comuns nos idosos. Uma situação grave e incapacitante, que interfere no quotidiano e está frequentemente associada ao isolamento, a um sentimento de tristeza profunda e prolongada. Por isso, um alerta aqui é para o uso abusivo de tecnologias, tanto para a saúde física quanto mental. Sem controle, a tecnologia pode ser limitante com o tempo. As facilidades trazidas pelos aplicativos, por exemplo, ao pedir comida ou pagar uma conta, nos faz abrir mão de caminhar no bairro, de encontrar um colega que não víamos há tempos, de estar em contato com o mundo lá fora.
O vínculo e o afeto têm o poder de evitar ou minimizar patologias físicas e mentais. As relações e o ambiente em que vivemos interferem na manutenção da nossa saúde. Ter no dia a dia emoções relacionadas ao amor, amizade, alegria, felicidade e bom humor estimulam o relaxamento muscular, a vasodilatação, relaxamento intestinal, secreção glandular, salivação, calor sem sudorese, ou seja, manifestações que ajudam a prevenir as doenças cardiovasculares e outros problemas que afetam nossa saúde.
3. Ser otimista
No mesmo sentido, vale salientar também a importância do otimismo para a longevidade. Pessoas que conseguem ver o lado bom das coisas tendem a ter uma vida mais longa e com mais qualidade. É o que confirma um estudo publicado na revista Proceedings of National Academy of Sciences (EUA): aqueles que têm níveis altos de otimismo apresentam de 50% a 70% mais chance de viver até os 85 anos ou mais. Além disso, segundo o levantamento, os otimistas têm menos probabilidade de sofrer de doenças crônicas e morrer prematuramente.
Os benefícios não param por aí. Ter uma mente positiva estimula ainda comportamentos saudáveis. Estudos apontam que os otimistas são geralmente pessoas fisicamente ativas, que se preocupam mais com aquilo que colocam no prato, são menos propensos a fumar e conseguem lidar melhor com o estresse.
Quem no geral mantém os pensamentos positivos diante dos fatos também apresenta uma melhor adesão aos tratamentos de doenças crônicas e a recuperação de cirurgias cardíacas. O fato é que se o paciente compreende a necessidade da cirurgia e atua positivamente, as situações de dificuldades ou limitações no pós-operatório são consideradas como pequenos obstáculos ou contratempos, e a endorfina liberada nesse período diminui o potencial de dor e a necessidade de analgésicos.
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4. Viver com propósito
Ter um motivo para acordar todos os dias, dispor de planos, sonhos e objetivos é mais um ponto que interfere na nossa expectativa de vida. É importante sentir-se útil, manter a vontade de viver, principalmente na terceira idade. E isso já é comprovado pela ciência. Um estudo realizado durante aproximadamente oito anos por pesquisadores da University College London (Inglaterra), Princeton University (EUA) e Stony Brook University (EUA) com cerca de 9 mil ingleses (idade média de 65 anos) revelou que as pessoas que sentiam que aquilo que faziam realmente valia a pena apresentaram 30% menos chances de morrer.
E há outros exemplos: pesquisas realizadas nos EUA também revelam que ter um objetivo de vida reduz em 27% o risco de ter doença cardíaca, em 22% as chances de um acidente vascular cerebral (AVC) e cai pela metade quando se trata de Alzheimer. Ter um propósito pode ainda ser decisivo para quem precisa enfrentar um tratamento ou doença grave. Segundo os cientistas, é importante manter a motivação, seja ela pessoal, familiar ou mesmo profissional, para seguir em frente. Um objetivo faz a vida valer a pena e direciona nossos comportamentos diários, nos mantem mais motivados, felizes e com maior capacidade de controle sobre nossas emoções.
5. Dar atenção ao estresse
E quando falamos em emoção, não podemos deixar de mencionar o estresse, um dos grandes vilões da atualidade e que merece atenção. Em maior ou menor grau, ele está presente na vida de todos. Em situações estressantes, o corpo reage imediatamente, alterando a respiração, o ritmo dos batimentos cardíacos e até os músculos do corpo, que ficam enrijecidos. Tudo entra em sinal de alerta.
O quadro se agrava quando esses episódios começam a se tornar rotina. Momentos de estresse, especialmente quando frequentes, geram desequilíbrio emocional e fisiológico, podem afetar o sistema imunológico e desencadear, inclusive, eventos cardíacos, como infarto, angina e AVC.
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6. Manter o corpo ativo
“O exercício é a única fonte real da juventude que existe”. A frase de Jay Olshansky, professor de medicina e pesquisador do envelhecimento na Universidade de Illinois-Chicago (EUA), revela a importância da atividade física para a nossa longevidade.
ão muitos os benefícios da prática regular (ou seja, pelo menos três vezes por semana): favorece a diminuição do colesterol ruim (LDL) e estimula o aumento do nível do colesterol bom (HDL) no sangue, ajuda a melhorar o humor, a acuidade mental, o equilíbrio, a massa muscular e os ossos, além de combater a obesidade – isso só para citar alguns exemplos.
7. Largar o cigarro – ou nunca começar a fumar!
Além dos problemas nos pulmões e o alto risco de câncer, o tabagismo também é um vilão para a saúde do coração. E o cigarro não afeta o órgão de uma única maneira. São mais de 4,7 mil substâncias tóxicas que promovem um bombardeio no sistema cardiovascular. Fumantes têm cerca de 70% mais riscos de sofrer um infarto em comparação àqueles que não fumam.
Em resumo: o cigarro faz com que as artérias fiquem mais vulneráveis ao acúmulo de placas de gordura, que por sua vez favorecem a formação de coágulos. Quando isso ocorre, a passagem do sangue fica comprometida, o que pode desencadear um infarto. O ato de fumar exerce também interferência no mecanismo de contração e relaxamento do coração, prejudicando a circulação sanguínea. Além disso, acelera o ritmo dos batimentos, aumenta a pressão arterial e favorece a formação de coágulos que podem provocar um AVC. Pode ainda causar o espessamento do sangue, dificultando o transporte de oxigênio para o corpo. E fica o alerta: fumar apenas um cigarro por dia nos expõe aos mesmos riscos!
Envelhecer não é sinônimo de adoecer!
Segundo estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2060, 25% da população brasileira terá 60 anos ou mais, percentual que será maior do que a população de crianças (pouco mais de 14%). Por isso, os cuidados com a saúde não devem ser iniciados apenas com o avanço da idade. O fato é que a maior parte das doenças cardiovasculares resulta de um estilo de vida inapropriado e de fatores de risco, que são modificáveis e passíveis de controle.
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Por isso, além dos pontos mencionados acima, procure manter hábitos saudáveis e evitar excessos que podem atrapalhar sua vida, como trabalhar demais, dormir pouco, consumir bebidas alcoólicas rotineiramente, se exercitar até a fadiga, fazer dietas doidas e super restritivas. E mesmo se nunca notou nenhum sintoma, mantenha seu check-up sempre em dia. Não deixe para procurar um médico ou fazer mudanças no seu estilo de vida daqui 10, 20 anos, apenas quando sentir algo muito errado com a sua saúde.