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O Tai chi chuan, arte marcial chinesa milenar, é recomendado pela Universidade americana de Harvard, considerada uma das três melhores do mundo, com a seguinte observação: É “a atividade perfeita para o resto da sua vida”.
Os movimentos suaves e ritmados do tai chi ajudam no equilíbrio, o que é fundamental depois dos 60 anos. Também diminuem a ansiedade, pois acalmam quem pratica, além de auxiliar na prevenção de problemas cardíacos.
“O Tai Chi é frequentemente descrito como ‘meditação em movimento’, mas poderia muito bem ser chamado de ‘medicação em movimento'”, afirma a prestigiada universidade americana, lembrando que há cada vez mais evidências de que esta prática é muito valiosa no tratamento e na prevenção de muitos problemas de saúde.
Leia mais neste artigo de Cristina J. Orgaz, publicado pela BBC Brasil:
O Tai Chi Chuan é um antigo treinamento de arte marcial com movimentos tão suaves e delicados que ninguém diria que pode melhorar a força ou ser um exercício aeróbico.
No entanto, o Tai Chi tem uma longa lista de benefícios abrangentes para a saúde que o tornam um dos melhores exercícios que existem.
Provavelmente, muito do seu apelo reside na soma dos movimentos corporais em forma de coreografia aliados a um estado de espírito alerta, mas calmo.
Sua prática melhora o equilíbrio, reduz a ansiedade e previne doenças cardiovasculares, aumentando moderadamente a frequência cardíaca. As técnicas de respiração são fundamentais no Tai Chi.
A instituição de caridade Parkinson’s UK descreve o Tai Chi como uma atividade física de baixa intensidade que pode “ajudar a melhorar o seu humor e ajudá-lo a viver bem”, mas recentemente a Universidade de Harvard foi mais longe ao chamar o Tai Chi de “a atividade perfeita para o resto da sua vida”.
“O Tai Chi é frequentemente descrito como ‘meditação em movimento’, mas poderia muito bem ser chamado de ‘medicação em movimento'”, afirma a prestigiada universidade norte-americana, que lembra que há cada vez mais evidências de que esta prática é muito valiosa no tratamento ou na prevenção de muitos problemas.
E você pode começar mesmo que não esteja em boa forma ou com boa saúde.
“É muito seguro e você não precisa de equipamentos sofisticados, por isso é fácil começar”, diz a Universidade de Harvard, elogiando o exercício. O objetivo: ter um corpo saudável e uma mente tranquila.
“Os benefícios do Tai Chi podem ser estendidos a pessoas de todas as idades e habilidades, pois os movimentos são suaves e de baixo impacto. Recomendamos também que os interessados em praticar Tai Chi consultem seu médico para ver se ele é adequado às suas necessidades”, explica Lucy Collins, professora do Departamento de Anatomia e Neurociências da Universidade de Cork, à BBC News Mundo, o serviço em espanhol da BBC.
E, embora o Tai Chi seja lento e suave e não deixe você sem fôlego, “ele aborda os principais componentes do condicionamento físico: força muscular, flexibilidade, equilíbrio e, em menor grau, condicionamento aeróbico”, diz a Universidade de Harvard.
Para Pedro Jesús Jiménez Martínez, professor de Ciências Sociais da Atividade Física da Universidade Politécnica de Madri, um dos desafios para o aluno que começa Tai Chi Chuan é “desistir da busca por um ‘manual exato e universal'”.
Jiménez argumenta que detalhes como a postura das mãos ou o ângulos dos pés perdem importância para favorecer a busca de sensações corporais que mostrem ao praticante qual é a posição mais confortável e natural, na qual ele possa se sentir relaxado ao realizar o movimento.
É assim que o Tai Chi pode ajudá-lo, de acordo com vários estudos citados por Harvard:
Força muscular
O Tai Chi pode melhorar a força da parte inferior e superior do corpo. Quando praticado regularmente, a atividade pode ser comparável ao treinamento de resistência e à caminhada rápida.
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“Embora não haja pesos ou faixas de resistência, o exercício de braço sem apoio envolvido na prática fortalece a parte superior do corpo, as extremidades inferiores e superiores, e também os músculos centrais das costas e do abdômen”, afirma a universidade.
Flexibilidade
“A base do Tai Chi é compreender a pessoa como um todo e melhorar o equilíbrio e a comunicação entre os diferentes sistemas do corpo”, diz Peter Wayne, pesquisador de longa data de Tai Chi na Escola de Medicina de Harvard.
As sequências de Tai Chi envolvem movimentos articulares de todo o corpo, alongando suavemente os músculos e tendões.
Isso ajuda a aumentar a elasticidade muscular e a flexibilidade das articulações, reduzindo a rigidez e melhorando a amplitude de movimento.
Equilíbrio
Vários estudos encontraram evidências de que o Tai Chi melhora o equilíbrio e a estabilidade em idosos e reduz o risco e o medo de quedas. Sua prática consciente requer altos níveis de concentração.
A verdade é que a propriocepção (a capacidade de sentir a posição do corpo no espaço) diminui com a idade.
O Tai Chi ajuda a treinar esse sentido, que é uma função dos neurônios sensoriais do ouvido interno e dos receptores de estiramento nos músculos e ligamentos.
Exercício aeróbico
Movimentos lentos e contínuos aumentam moderadamente a frequência cardíaca, o que fortalece o coração e melhora a circulação sanguínea.
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No entanto, Harvard informa que, se o seu médico recomendar exercícios cardiovasculares mais intensos, com frequência cardíaca mais alta, você pode querer praticar exercícios mais aeróbicos.
Correr, jogar tênis e dançar são exercícios aeróbicos de alto impacto.
Saúde cognitiva
Para Samuel Nyman, chefe do Departamento de Psicologia da Universidade de Winchester, no Reino Unido, “este exercício também é bom para a saúde cognitiva porque retarda a deterioração da função executiva”.
“Em comparação direta com outros exercícios, o Tai Chi pode oferecer uma estratégia melhor para reduzir quedas graças aos seus benefícios no funcionamento cognitivo”, explica Nyman num extenso estudo.
“O mesmo vale para a saúde mental, ajuda a reduzir o estresse”, acrescenta.
Todos esses benefícios nos dão a pista de por que o Tai Chi é uma arte milenar.
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