50emais
Dançar, todo mundo sabe, só faz bem à saúde, porque relaxa, diverte e faz o corpo se mexer ao som de música.
Em muitos casos, a dança, principalmente para quem passou dos 50, funciona como se fosse um remédio. E,se é coletiva, pode fazer ainda mais bem, porque as pessoas se entrosam, conversam, riem e acabam fazendo amigas.
Em Nova York, um projeto que consiste em aulas de dança para pessoas mais velhas de baixa renda faz o maior sucesso.
Um dos grandes méritos do projeto Dances for a Variable Population (Danças para uma População Diversificada), criado há 15 anos pela bailarina e coreógrafa Naomi Goldberg Haas, é romper com o isolamento em que vivem muitos idosos.
“Utilizamos a dança como um instrumento de conexão social”, explica Ellis Wood, diretora da organização, que, com suas aulas de dança, já beneficiou mais de cinco mil pessoas
Leia mais neste artigo de Mariza Tavares, do blog Longevidade: Modo de Usar, publicado por O Globo:
A começar pelo nome, Dances for a Variable Population (Danças para uma População Variada), que remete à questão da diversidade, tudo me encantou nesse projeto voltado para idosos de baixa renda em Nova York. Criado pela bailarina e coreógrafa Naomi Goldberg Haas em 2009, a iniciativa já beneficiou mais de 5 mil pessoas e realizou cerca de 2.500 apresentações, todas grátis, em espaços icônicos da cidade, como Times Square e High Line.
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“Utilizamos a dança como um instrumento de conexão social”, explica Ellis Wood, diretora da organização. “Na maioria das vezes, esses alunos chegam como ‘conchas’, fechados em si mesmos. Com o trabalho de letramento do corpo, desenvolvem flexibilidade, equilíbrio e criatividade. Quando se apesentam, são outros, é um triunfo”, completa.
Veja um trecho de uma das aulas:
Há aulas em 25 centros comunitários – chamadas de “Movement speaks” (“O movimento fala”) – ministradas por cerca de 20 professores, mas também sessões on-line, ao ar livre e gravadas, disponíveis no site da entidade. Quando há exibições para o público, são realizadas oficinas para os interessados, mas o mais importante, segundo Woods, “é mostrar a beleza da performance dos idosos, assistir à eloquência dos corpos maduros e testemunhar o espírito de criação e colaboração entre gerações”.
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Num trabalho ativo para captar doadores e expandir seu raio de ação, a organização é avaliada por consultores externos e pelos próprios alunos – mulheres em sua maioria, claro. De acordo com Woods, os números apontam que estão no caminho certo: 96% disseram que as aulas melhoram sua saúde física e mental; 91% afirmaram que sua autoconfiança aumentou; para 90%, sua criatividade se expandiu; e, para 89% houve um fortalecimento das conexões sociais.
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