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A antropóloga Mirian Goldenberg escreveu uma vez que “o envelhecimento traz uma grande mudança: você deixa de existir para os outros e se liberta pela primeira vez.” A parte boa do envelhecer é a liberdade que se adquire para sermos nós mesmos. O lado triste é exatamente a primeira metade da resposta da antropóloga: as muitas amizades da juventude vão sumindo ao longo do caminho, os filhos deixam os pais,seguem seu caminho. E, num certo ponto, é inevitável a constatação da nossa própria solidão. Na Grã-Bretanha, que tem uma população bem mais envelhecida do que a nossa, os filhos costumam sair de casa aos 18 anos. Com isso, o número de idosos vivendo sozinhos no país é tão grande que o governo decidiu criar o ministério da Solidão, para prestar assistência a essa parcela dos britânicos. No vídeo que você vai ver abaixo, a jornalista e escritora Leila Ferreira fala dessa faceta cruel do envelhecimento. Ela comenta o “The Lonely Century” – O Século da Solidão -, da americana Noreena Hertz, conta vários casos, inclusive do Japão, país que tem a população mais envelhecida do planeta e enfrenta sérios problemas com o fato de muitos japoneses mais velhos viverem sós, sem ter sequer com quem conversar.
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