Ingo Ostrovsky, 50emais
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Cresce a popularidade do futebol feminino no Brasil. Marta é a grande referência, eleita pela FIFA 6 vezes Melhor Jogadora do mundo. A alagoana serve de inspiração para milhares de garotas que sonham brilhar nos grandes estádios do país. Hoje poucos tem dúvida de que as mulheres gostam de futebol. Mas será que a recíproca é verdadeira? Seguem 4 historinhas de futebol e mulheres.
O Goleiro Jean foi preso nos EUA em dezembro de 2019 depois de encher de socos a cara de sua então esposa. Ficou detido uma noite em Orlando, na Flórida. Liberado, voltou ao Brasil, foi afastado por seu clube, o São Paulo, e emprestado ao Atletico Goianiense. Chegando em Goiás, pediu desculpas “a todas as mulheres” e foi acolhido pelo novo clube, que resistiu às poucas críticas. Está na seleção preliminar do campeonato brasileiro e pode ser eleito Melhor Goleiro da competição. Seu time faz boa campanha para quem chegou da serie B. No momento em que escrevo está em 13º lugar garantido na serie A do próximo Brasileirão.
Alexi Stival nasceu em Curitiba e desde menino tem o apelido de Cuca. Juntamente com outros 3 jogadores do Grêmio de Porto Alegre foi preso na Suiça em 1987, acusado de estuprar uma garota de 13 anos. Ficou detido 3 semanas. Ao voltar ao Rio Grande do Sul foi recebido como herói. Havia muitas mulheres torcedoras no desembarque. Dois anos depois, foi condenado por um tribunal suiço, mas cumpriu a pena em liberdade. Hoje é técnico vitorioso, levou o Santos à final da Copa Libertadores da América, torneio que ele já ganhou, com o Atlético Mineiro. Cuca é casado, tem filhas adultas, e no mundo do futebol é lembrado apenas como um cara supersticioso.
Ele deveria ser condenado a usar o sobrenome da namorada. Bruno “Samudio” Fernandes de Souza pegou 22 anos de cadeia acusado de assassinar Elisa, com quem teve um filho. O corpo dela nunca foi encontrado e há relatos horrorosos do fim que teria tido. O menino já tem 10 anos. Quando foi preso, Bruno era um dos melhores goleiros do Brasil. Fechava o gol do Flamengo, time pelo qual se tornou campeão brasileiro, havia sido convocado para a Seleção Brasileira e era ídolo de uma geração de meninos e meninas. Hoje cumpre prisão semi-aberta e tentou sem sucesso voltar ao futebol.
Robinho é craque, foi uma das grandes revelações do nosso futebol na primeira década deste século. Foi campeão brasileiro com o Santos em 2002 numa equipe que encantou o Brasil e lhe garantiu transferência para a Europa. Hoje é um pária. Foi condenado a nove anos de prisão por estupro em duas instâncias da justiça da Itália. Seu caso agora está na corte suprema do país europeu. Robinho jogou duas Copas do Mundo defendendo a seleção. Sem clube, tentou voltar ao Santos em outubro do ano passado. A repercussão junto a torcedores e patrocinadores, entretanto, levou o clube a cancelar a contratação. Ironicamente, quem saiu em defesa de Robinho foi o profissional que seria seu técnico no Santos, Cuca.
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